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Justiça concede a transexual não operada o direito de trocar de nome

Em decisão inédita no estado de São Paulo, o juiz Paulo Sérgio Rodrigues, da 4ª Vara de São José do Rio Preto, autorizou uma transexual de 44 anos que, ainda não fez a cirurgia de readequação sexual, a mudar de nome. Em seu RG, o nome Márcio Antônio Lodi dará lugar para Audrey Vitória Lodi.

Para o pedido de alteração no registro civil,  o advogado Rogério Vinícius dos Santos se baseou num artigo do Código Civil que atenta para a necessidade da alteração do nome de uma pessoa se este causar danos morais e materiais. "Ele é visivelmente uma mulher, mas tinha um nome masculino. Isso é extremamente vexatório", declarou o advogado ao G1.

A transexual declarou dificuldades para arranjar emprego devido a foto de seu RG, onde há um homem barbado e embaixo o nome Márcio Antônio Lodi. “Quando eu chego aos lugares e mostro meus documentos, ninguém quer contratar. Eu explico que sou transexual, mas tem gente que não acredita”, explica.

Com a alteraçãob no registro civil, Audrey – que está há dez anos na fila por sua cirurgia de readequação sexual – poderá conseguir um emprego e pretende ajuntar dinheiro para fazer sua cirurgia numa clínica particular. “Com um emprego, se não conseguir juntar (o dinheiro), posso fazer um financiamento. Quero passar meus 45 anos me sentindo inteira”, finaliza.

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