A Justiça decretou a prisão preventiva de cinco suspeitos envolvidos no crime contra a travesti Laura Vermont, 18 anos, que foi assassinada no dia 20 de julho, na região da Vila Nova Curuça, em São Paulo.
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Foram eles: Van Basten Bizarrias de Deus, Jefferson Rodrigues Paulo, de 24 anos, Iago Bizarrias de Deus, Wilson de Jesus Marcolino, de 20 anos, e Bruno Rodrigues de Oliveira.
De acordo com os delegados José Manoel Lopes e Michel Augusto Toricelli, do 32º DP (Itaquera), Van, Jefferson e Iago estavam presos temporariamente desde o início de julho. Wilson é considerado foragido da Justiça e Bruno tem sido monitorado pelos policiais civis do 32º DP e deverá ser preso em breve.
No crime, Laura teria sido agredida na rua a pauladas por Van Basten e, depois, foi espancada por ele e os outros quatro. A família e amigos acreditam que a motivação foi transfobia.
Depois de ser vista andando ensanguentada, Laura foi abordada por dois policiais militares Ailton de Jesus, de 43 anos, e Diego Clemente Mendes, de 22. Eles foram chamados para socorrê-la, mas acabaram dando um tiro nela. O laudo de morte apresentado pelo Instituto Médico Legal aponta traumatismo craniano.
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Durante o relato, os PMs chegaram a forjar uma testemunha, mentir sobre ter levado Laura ao hospital (o que foi feito pela família) e omitir terem dado um tiro. Eles disseram que a travesti teria entrado na viatura, assumido o volante do carro e batido o veículo contra um muro. A família questiona a versão, uma vez que a vítima não sabia dirigir. Os PMs chegaram a ser presos, mas foram liberados após pagar fiança.
O crime chocou a comunidade LGBT, que chegou a fazer uma marcha de repúdio pela transfobia no país.