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Justiça do Rio pede prisão preventiva de sargento que atirou em jovem durante Parada Gay

O sargento do Exército Fernando Ulisses de Carvalho teve sua prisão preventiva anunciada pela Justiça do Rio de Janeiro por ter atirado em um jovem durante a Parada Gay, que aconteceu no ano passado, na praia de Copacabana. O juiz Murilo André Kieling, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, afirmou em seu parecer que “a própria formação militar não pode aceitar uma atitude como essa”.

O sargento responde a processo militar e cível por tentativa de homicídio e por ter baleado uma pessoa em área que não era militar.

“Eu estava lá para me divertir, nunca vou me esquecer daquele dia, faz oito meses, mas se eu fechar os olhos posso me lembrar da cena. Parece que aquele tiro acertou a minha alma. Pensava que não existia preconceito assim, aí aconteceu comigo”, disse o jovem Douglas Marques (foto), hoje com 20 anos, que acompanhado de quatro amigos foi ao parque Garota de Ipanema e acabou baleado na barriga pelo sargento.

No dia da agressão, Douglas contou que o militar chegou a jogá-lo no chão e afirmar que ele, por ser gay, era uma vergonha pra sua família. “Quando recebi a notícia de que a prisão do sargento foi decretada hoje, minha esperança foi renovada, a promotora que acompanha o caso me disse que duas testemunhas chegaram a ser intimidadas”, revelou ao "UOL".

Apesar de o pedido de prisão preventiva já ter sido expedido pela Justiça, o sargento ainda não está preso. O Comando Militar do Leste informou que aguarda a chegada do mandado de prisão para cumpri-lo na forma da lei.

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