Um trabalhador que enfrentou discriminação no ambiente de trabalho devido à sua obesidade e orientação sexual foi recentemente indenizado em R$ 40 mil por danos morais. A decisão foi tomada pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em São Paulo, que manteve a sentença original. De acordo com os autos do caso, o empregado, que ocupava o cargo de coordenador de administração e finanças do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), relatou que era constantemente chamado de “gordinho” e “veadinho” pelo seu gestor.
A vítima também denunciou que, durante todo o período de sua contratação, sofreu homofobia, sendo tratado com indiferença por seu superior, que não lhe atribuía tarefas e o dispensou alegando que não foi aprovado em um processo seletivo obrigatório. Uma testemunha corroborou as alegações, confirmando as piadas ofensivas e o mal-estar causado ao trabalhador.
A desembargadora Elaine Pedroso, relatora do acórdão, destacou que os comportamentos do gestor violaram os direitos de personalidade da vítima, especialmente sua aparência física e orientação sexual. Ela ressaltou que tais atitudes criam um ambiente de trabalho hostil e que devem ser firmemente rejeitadas pela Justiça do Trabalho, em defesa dos direitos humanos e da justiça social.
Esse caso é um exemplo importante de como a Justiça pode agir contra a gordofobia e a homofobia no ambiente de trabalho, reforçando a necessidade de um espaço laboral respeitoso e igualitário para todos, independentemente de suas características pessoais. A decisão reafirma também a responsabilidade das empresas em promover um ambiente saudável e respeitoso, onde todos os funcionários possam se sentir seguros e valorizados.
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