Chega às lojas da América do Norte nesta semana “Watershed”, mais novo álbum da cantora e “musa” canadense Kathryn Dawn Lang, ou simples k.d. lang. O disco é o primeiro a ser lançado após sete longos anos de jejum e apresenta 11 músicas inéditas, todas produzidas pela própria artista. O último projeto de k.d. lang, “Hymns of the 49th Parallel”, foi um songbook com regravações de canções de compositores do Canadá – editado em 2004 pela Warner.
Cantora de registro suave e postura corajosa, k.d. lang ficou mundialmente conhecida com “Constant Craving”, música que integra o álbum “Ingénue” (1992). Mais madura e autêntica, a cantora canadense volta à ativa com um álbum deliciosamente autoral. Segundo k.d., “‘Watershed’ é uma culminação de tudo o que eu fiz – tem um pouco de jazz, um pouco de country, um pouco do som de ‘Ingénue’ e um toque brasileiro”.
Para o crítico Manuel Morgado, do site Time Out, em “Watershed” “a voz de k.d. lang encontrou, também ela, o registro certo, deixando para trás o histrionismo do country e abraçando um estilo de crooner sereno, por vezes quase sussurrado, por vezes sensualíssimo, mas sempre contida”. Agora, a cantora passeia por vários estilos musicais, imprimindo elegância em cada uma de suas músicas, como na dançante “Coming Home” ou em “Upstream”, onde o jazz e a bossa acariciam nossos ouvidos.
Um pouco da história de k.d. lang
k. d. lang sempre foi uma cantora intrigante. Nos anos 90, ela foi capa da revista “Vanity Fair”, onde assumiu que adoraria ser depilada pela então top Cindy Crawford. Na mesma entrevista, disse que estava orgulhosa de ser considerada embaixadora da comunidade GLBT e negou que mantinha um romance com a tenista Martina Navratilova.
Aos 46 anos, a cantora canadense diz que ainda se incomoda com a exploração da homossexualidade. “Lembro que uma amiga me disse que deveríamos colocar no armário as pessoas que agiam como se fossem gays”, declarou em entrevista ao jornal espanhol El Mundo.
k.d. lang se assumiu lésbica para a mãe quando tinha apenas 17 anos. Mas para a mídia, isso só aconteceu no início dos anos 90. “Tinha acabado de completar 30 anos. Pensei que era o mais responsável que podia fazer por mim e pela sociedade”, relembra a cantora. Nessa mesma época, k.d. acabava de ganhar o Grammy e “Ingénue” conquistava as paradas de sucesso.
Tanto tempo sem gravar teve um motivo: o empresário da cantora ficou com alguns milhões de dólares de sua conta bancária. Foi então que ela se aproximou de seu amigo Tony Bennett, com quem gravou “A Wonderful World” (2002).
Em 2001, k.d. se converteu ao budismo, fato esse que, segundo a cantora, lhe ajudou a categorizar suas “prioridades e motivações”.
No YouTube, você assiste a um trailer de “Watershed”, onde k.d. lang comenta sobre seu novo trabalho. Recheado de informações, o site oficial da cantora é www.kdlang.com.