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Ladyfest 2007: Agatês e bolachas recheadas de informação

Apesar da programação de bandas ter sido bombástica este ano, a maior micareta riot do mundo não foi feita apenas de pão e circo. Nos três dias de evento, o Ladyfest 2007 reuniu oficinas, debates, bate-papos e uma mostra de vídeo cujo tema era o mesmo do festival: Tire a sua própria virgindade! Confira o que rolou:

Mostra de Vídeos- Cerca de 20 pessoas compareceram à mostra do Ladyfest. A editora de vídeo e guitarrista Mari Crestani foi a curadora ao lado da diretora de arte, Fernanda Leite.

Elas apresentaram por volta de 10 vídeos ao público presente no primeiro dia da programação (12 de outubro). O critério de seleção escolhido por elas foi a presença de mulheres na equipe técnica e a qualidade dos temas.

O número de inscrições surpreendeu porque foi muito superior ao dos outros anos. “Não sei se foi porque as mulheres estão cada vez mais em profissões consideradas masculinas ou se o festival cresceu. Espero que seja porque as mulheres perderam o medo do nome feminismo”, ressaltou Mari.

Para ela, o grande destaque foi o documentário “Do feminino para o masculino”, da diretora Letícia Marques, que tratou do tema transexualidade e adequação do corpo. Já Fernanda elegeu o filme “Perto de Qualquer Lugar”, da diretora Mariana Bastos, como seu preferido.

Entretanto, o queridinho do público foi o documentário americano “Girls Rock”, que retrata o festival “Rock and Roll Camp for Girls”, um acampamento de rock para meninas que acontece em Portland (EUA). Nele há depoimentos emocionantes de ícones do rock, como a vocalista da banda The Gossip, Beth Ditto.

Bate Papos e Oficinas – Durante os três dias de evento aconteceram diversos bate-papos e oficinas. As mais concorridas foram a de wendo (auto-defesa), guitarra e a do consenso sexual para jovens lésbicas.

O bate-papo sobre pornografia foi o grande destaque deste ano porque gerou polêmica. Ele foi realizado no segundo dia da programação e contou com a participação de Ruy Rufião e Marcelo Barbellaux, integrantes da produtora X-Plastic.

Cerca de quinze pessoas discutiram sobre os antagonismos da produção pornô no Brasil e também sobre a visão underground da pornografia em contraponto com os rígidos padrões da indústria milionária do sexo.

O clima esquentou quando Ruy e Marcelo falaram sobre o papel da mulher nas produções pornôs e a venda indiscriminada de sua imagem para o mercado em geral.

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