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Lea T será 1ª transexual em cerimônia de abertura na história das Olimpíadas

A top aceitou o convite para levantar a bandeira da inclusão e ser porta-voz da diversidade de gênero, orientação sexual e raça
Lea T aceitou o convite para participar da cerimônia de abertura da Olimpíada, no Rio de Janeiro, sim que fará a top entrar para história: ela será a primeira transexual a ter um papel de destaque numa abertura olímpica desde que os Jogos foram criados, em 1896. 
 
Segundo a notícia divulgada na manhã desta quinta(28) pela BBC Brasil, Lea pretende levantar a bandeira da inclusão e ser porta-voz da diversidade de gênero, orientação sexual e raça "num momento em que o Brasil será apresentado ao mundo".
 
"Não posso falar nada ainda, precisamos manter a surpresa. Mas a mensagem será muito clara: inclusão. Todos, independente de gênero, orientação sexual, cor, raça ou credo, somos seres humanos e fazemos parte da sociedade. Meu papel na cerimônia, num universo micro e representativo, ajudará a transmitir esta mensagem", disse em entrevista ao veículo.
 
A mineira de 35 anos ganhou fama no mundo da moda quando estrelou sua primeira campanha, da grife Givenchy, no inverno de 2011. Transexual e filha do ex-jogador Toninho Cerezo, na época ela ainda não havia se submetido a cirurgia de mudança de sexo. "Riccardo Tisci [estilista da grife francesa] me colocou na campanha para me dar um dinheiro para eu sobreviver e poder fazer a cirurgia. Não é que ele me achava linda e maravilhosa", revelou a modelo à Vogue sobre o início. 
 
De lá pra cá, a carreira sólida na indústria contou com capa de revista beijando Kate Moss, entrevista no sofá de Oprah Winfrey e até a Forbes a elegendo como uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana em 2015 – foi lá que Lea viveu grande parte da sua vida.
 
Com um currículo desses, Lea Cerezo foi escolha mais do que acertada para levantar a bandeira contra o preconceito durante o evento. "Eu, como qualquer outra transexual, levanto uma bandeira. Falo da transexualidade porque faz parte da minha história, mas sou apenas mais uma integrante desta comunidade, sou mais uma. Sei que sou privilegiada por ter a mídia que me ouve, mas cada transexual em sua luta cotidiana tem igual importância para os LGBTs", disse à BBC. 
 
"Neste momento em que o Rio de Janeiro e o Brasil serão apresentados ao mundo, é imprescindível que a diversidade esteja presente. O Brasil é muito vasto, e toda essa diversidade precisa, de alguma forma, ser representada em um evento como esse. Foi justamente isso que me motivou a aceitar o convite para participar da cerimônia de abertura", explicou. "A falta de conhecimento provoca o medo, e o medo leva ao ódio. O primeiro passo é compreender e se aproximar dessa realidade, se aproximar do outro. As pessoas precisam começar a perder o medo de aproximação desses grupos e entender que eles podem ter uma vida próxima às suas, seja no banco da escola, em cargos de liderança, ou em qualquer profissão", arrematou Lea T à publicação.

Fonte: Vogue

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