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Leitor é favorável ao uso da expressão “homossexualismo”

HOMOSSEXUALIDADE OU HOMOSSEXUALISMO?

Pelo Novo Dicionário Aurélio homossexualidade quer dizer caráter de homossexual; homossexualismo quer dizer prática do comportamento homossexual.

“A diferença entre os sufixos, porém, é levada em conta por alguns autores para basear uma sutil preferência—dade que remonta ao sânscrito tati, indica condição, qualidade, grau; ismo, que provêm do grego ismos também indica estado e condição, mas sobretudo anormal.” A questão  é de semântica.

Aviso, portanto, aos “alegres” de plantão: o sufixo ismo nem sempre determina doença. Vejam os exemplos: patriotismo, comunismo, automobilismo apesar de raquitismo, nanismo, alcoolismo. Heterossexualismo ( não há registro da palavra ) seria doença?  Vamos acabar com esse ufanismo bobo, douração de pílula e reação de culpa ao ouvir o termo homossexualismo. O importante é que o Conselho Federal de Psicologia determinou que ser homossexual não é ser doente. Ninguém precisa mais tomar hormônio, ser segregado ou suicidar-se.

É preciso também abandonar essa “nóia” da obrigação de sair do armário, assumir-se. A vida é um mistério, é segredo, é magia, é encanto. Se desvendada perde o valor. Deve ser livre, íntima, feliz em si mesma. O inferno está em nós. Os outros são apenas pré-conceitos. Fujamos dos invólucros: homo, hétero, bi-sexual, lésbica, o escambau … Sejamos Nada como diz Osho e aí poderemos ser Tudo. Lógico que tal conceito é mais profundo que nossa sexualidade.

Assisti ao programa de Leda Nagle, “Sem Censura”, no mês de outubro de 2006. O assunto em pauta era:  A Descoberta da Homossexualidade, Direitos, Ongs, Promiscuidade. Fazia parte da mesa a comovente mãe, Edith Modesto, autora do livro “Vidas em Arco-Íris” (www.gph.org.br) que defende a regalia de ser homossexual; o empresário de turismo para “alegres” Rostand Machado; a diretora do Instituto  Data GLS (www.datagls.com.br) Sônia Alves; Geraldo Tadeu Monteiro presidente do IBPS e o psicólogo e carnavalesco Milton Cunha. Mas quem me agradou, intensamente, foi a psicóloga Eda Fagundes. De fala aberta,  lúcida, deu uma aula de ser humano e propagação da espécie.

Já o deputado federal Clodovil Hernandes, 68 anos, (cujo pai adotivo era homossexual) declarou, em entrevista ao site Terra, que é contra a união entre homossexuais. Seviciado por um padre (diretor do colégio na época em que estudava) considera a  instituição casamento falida até certo ponto, ainda mais no torto. “Ninguém tem nada para me ensinar de moral,” deixou claro.

Cobra criada sabe rastejar e destilar o seu veneno. Contudo crianças e adolescentes precisam ser protegidas pelos responsáveis quando se lhes manifesta tal diferença para evitar abusos. Não reeducando-os pela cartilha hipócrita da sociedade, mas sim orientando-os como indivíduos rumo a destinos diferentes. O sexo aprendido na rua quase sempre não tem qualidade. O aprendizado é doloroso, causa traumas, faz sofrer. Sabemos que a família, a pátria, a igreja são prisões repletas de condicionados. Contudo, essa é uma outra história que fica para uma outra vez…

Considero a vida uma celebração pagã. E através dos versos de Leslie Bricusse para a canção de Henry Mancini “YOU AND ME”, do filme Victor ou Victoria de Blacke Edwards, chego a conclusão: Você e eu somos o tipo de gente/ Que as outras pessoas gostariam de ser/ Livremente apresentamos um tipo de show/ Que as pessoas gostam de ver/ E não nos importamos que o amanhã/ Chegue sem garantia/ Temos um ao outro como companhia/ Venha o que vier/ Você e eu ficaremos juntos ano após ano/ Não é mesmo, querido?/ Seremos sempre você e eu.

* Artigo enviado pelo leitor para a Redação do site A Capa

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