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“Leonard Baby: A Exposição que Resignifica a Queeridade e Feminilidade em um Contexto Religioso”

"Leonard Baby: A Exposição que Resignifica a Queeridade e Feminilidade em um Contexto Religioso"
"Leonard Baby: A Exposição que Resignifica a Queeridade e Feminilidade em um Contexto Religioso"

Na próxima quarta-feira, dia 26 de março de 2025, o artista queer Leonard Baby, radicado no Brooklyn, abrirá sua exposição “The Babys” na Half Gallery, localizada no East Village. Nascido em 1996 em Colorado, Baby cresceu em um lar hiper-religioso com quatro irmãs, que ele descreve como seus “anjos”, que o ajudaram a superar a rígida educação religiosa e a terapia de conversão. Frequentou uma megachurch nas proximidades de Colorado Springs, onde seu pai, após a separação dos pais, se tornou Diretor de Formação Familiar na organização fundamentalista e homofóbica Focus on the Family.

Em uma entrevista exclusiva, Baby compartilha sua jornada artística e a exploração da feminilidade, androginia e da queeridade através das mulheres que o apoiaram em seus anos formativos. Suas obras retratam a perseguição à feminilidade e à queeridade nos ambientes evangélicos em que cresceu. A exposição apresenta retratos de suas irmãs e uma composição coletiva inspirada na pintura “Three Sisters” de Balthus, que Baby deseja ressignificar como um retrato de empoderamento feminino.

Além disso, a mostra inclui um nu de seu namorado, intitulado “Girlfriend”, e um autorretrato chamado “Lucretia as a Boy”, que aborda a exploração do suicídio na vida de um queer que foi criado em uma família religiosa estrita. Outro trabalho marcante é uma pequena pintura de sua mãe e uma peça escultórica intitulada “Hanged Fourteen Year Old Dancer”, que também toca na temática do suicídio.

Durante a conversa, Baby reflete sobre a influência da religião em sua arte, reconhecendo que, apesar de não ser mais religioso, a linguagem religiosa ainda permeia seu trabalho. Ele enfatiza a importância de reivindicar a iconografia religiosa para a comunidade LGBTQ+, que historicamente foi excluída desse espaço. “O Cristianismo sempre foi uma parte central da história da arte e, por isso, é um idioma que falo bem”, explica.

A relação de Baby com suas irmãs é um tema recorrente em sua arte, onde ele as representa como figuras angelicais. “Meus pais nos arruinaram, mas também somos indivíduos mágicos e complexos, fortes apesar de tudo”, reflete. Ele também menciona a inclusão de seu namorado na exposição, ressaltando a conexão que ambos compartilham em suas histórias e experiências.

A pintura autoral de Lucretia, que explora temas de opressão feminina e queer, revela a luta pessoal de Baby em lidar com questões de saúde mental e suicídio, temas que ainda não são tratados abertamente na sociedade. Baby expressa sua frustração com o estigma que cerca a depressão e como a sociedade frequentemente encoraja uma visão negativa sobre aqueles que enfrentam esses desafios.

A abertura de “The Babys” acontecerá no dia 26 de março, das 18h às 20h, e a exposição ficará em cartaz até 24 de abril de 2025. A mostra promete ser um espaço de diálogo e reflexão sobre as experiências da comunidade LGBTQ+ e as complexidades da feminilidade no contexto contemporâneo.

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