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Leonardo Miggiorin diz que os gays não gostaram da afetação de Roni

Fazendo sucesso como o Roni de "Insensato Coração", Leonardo Miggiorin disse que não hesitou em aceitar o papel com medo de ficar marcado por um personagem gay.

"Eu até soube que alguns atores recusaram esse teste. Tiveram medo de ficarem marcados, sei lá. Olha, eu tenho 29 anos e sei que minha profissão é de alto risco. Tudo pode dar desde muito certo a muito errado. É um trabalho feito de escolhas", declarou o ator para o portal Terra.

Leonardo também revelou que no início até os próprios gays não gostaram da afetação de Roni. "Até existiu, no início, um comentário que soava como uma reclamação de que estaria caricato. Os próprios gays reclamaram. A gente já sabe que o gay não precisa ser afetado, mas acho importante mostrar que também pode ser. Isso não é um problema. E é hipócrita criticar um personagem assim. Se as novelas refletem a sociedade, precisam representar diversos tipos. E existem vários gays como o Roni pelas ruas", defende Miggiorin.

O personagem do ator vem sendo alvo constante do homofóbico Cléber, papel de Cássio Gabus Mendes, que não se cansa de proferir insultos ao promoter. "O Roni tem uma função meio de abre-alas, iniciando a discussão sobre diversidade sexual. E chegando a assuntos mais sérios, como a homofobia", conclui Miggiorin.

Nos próximos capítulos será a vez Eduardo, papel de Rodrigo Andrade,  sair do armário. Em cenas recentes, o personagem se pegou a olhar de forma diferente para um gostosão na academia e também observou com atenção um casal gay num bar.

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