Mais um ataque homofóbico foi registrado na madrugada desta quinta-feira (23), em São Paulo.
Desta vez, a vítima foi uma mulher, que foi agredida em plena rua Augusta após beijar uma amiga. De acordo com informações do jornal "O Estado de S. Paulo", a analista de comércio exterior L.D.B., 25, foi empurrada e levou socos no rosto em frente a uma lanchonete onde estava com amigos.
O ataque aconteceu por volta da 1h. A analista relatou detalhes do ocorrido: ""Ela [a amiga de L.] atravessou a rua para falar comigo e a gente se beijou". Foi quando a analista viu um grupo com cerca de oitos pessoas descendo a rua. "Eram duas meninas que podiam ser facilmente confundidas com homossexuais. O grupo todo parecia no mínimo gay-friendly", contou. "Mas as meninas começaram a dizer: Que nojo! Tenho nojo de lésbica!, e se afastaram."
Após voltar à lanchonete, L. ouviu o mesmo grupo dizer que "lésbica tinha que morrer" e "criar vergonha de cara". A analista foi então tirar satisfação. "Quando perguntei qual era o problema, uma delas me empurrou e a outra me segurou. Aí elas me deram socos. Estou com um ferimento na testa do lado direito, meu olho esquerdo está roxo e minha boca também está machucada", relatou.
Até o momento, a vítima não registrou queixa na polícia. Este é o quarto ataque contra homossexuais na região da avenida Paulista desde o dia 14 de novembro, quando o estudante de jornalismo, Luis Alberto Betonio, foi atacado com lâmpadas fluorescentes por um grupo de cinco jovens. O maior de idade que participou do ataque, Jonathan Lauton Domingues, teve a prisão decretada esta semana, mas está foragido.
