Uma mulher de Uganda que foi detida, violada e torturada após descobrirem que ela era lésbica está procurando asilo no Reino Unido.
Prossy Kakooza, 26 anos, que agora vive no Bolton, Lancashire, terá o seu recurso de apelação julgado em maio.
Uganda, assim como muitos outros países da África, proíbe práticas homossexuais. Prossy foi entregue a policiais em Uganda por seu irmão quando ele descobriu há cinco anos com um amigo que ela estava com outra mulher.
Por este motivo ela foi submetida a repetidas torturas e estupro por agentes da polícia, que estavam bêbados durante os atos.
"Ainda estou recebendo aconselhamento por causa de violações. Sofri pesadelos todas as noites e não sei se vou me recuperar desta vez", afirmou a refugiada.
Kakooza foi resgatada por um amigo que subornou agentes policiais para que a liberassem.
Após a sua chegada ao Reino Unido, ela foi revista em um centro médico onde os médicos ficaram horrorizados com seus ferimentos e assutados avisaram a polícia.
"Fui levada para o hospital e realizaram várias análises para detectar hepatite B ou HIV. Felizmente, os resultados foram negativos, mas foi um momento de grande preocupação para mim", disse Prossy.
"Eu realmente desejo permanecer neste país e trabalhar aqui. Me formei em inglês e literatura e amo ensinar",afirmou a mulher.