O casamento comunitário, que aconteceu no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), em São Paulo, na última sexta-feira, oficializou a união de 47 casais homossexuais. Priscila Pires da Silva, de 24 anos, e Kathrein Marrechi, de 31 anos, foram as primeiras a registrar a união.
As duas, que já mantinham um relacionamento há dois anos, pretendem agora entrar na Justiça para obter o direito ao casamento civil. Além delas, outros 31 casais de mulheres oficializaram a união.
Durante o evento, que teve iniciativa da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, através do Centro de Integração da Cidadania (CIC) e da Coordenação da Diversidade Sexual, a diretora-presidente do CTN, Renata Abreu, fez um discurso emocionado.
"A comunidade homossexual é muito presente aqui também no Centro de Tradições Nordestinas. A gente tem observado que a comunidade tem mudado. Então nada mais justo do que esse reconhecimento que eles já pleiteiam. A celebração ecumênica hoje marca uma conquista por esse direito, por essa igualdade, que é um marco sim para o reconhecimento desses cidadãos", afirmou.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), também presente, fez questão de levantar a importância do Casamento Igualitário, campanha que visa ampliar os mesmos direitos de casais heteros a casais homossexuais.
"Deixar para os homossexuais só a união estável é uma sorte de gueto. Nós queremos os mesmos direitos com os mesmos nomes. Tem um efeito de reconhecimento social. A conversão em casamento promove um reconhecimento social e acaba com o preconceito", reivindicou Wyllys.
