A ativista lésbica Thuli Rudd e sua companheira, Pitseng Vilakazi, casaram-se na Suazilândia na semana passada. O país, localizado no sul da África e um dos mais pobres do continente, proíbe as relações homossexuais.
Ainda que a cerimônia não tenha sido “oficial”, o casamento provocou reações distintas de parte do governo e de líderes religiosos, que criticaram a atitude da ativista, presidente da Associação de Gays e Lésbicas da Suazilândia.
O primeiro-ministro, Timothy Velabo Mtsetfwa, assinalou que está “realmente preocupado” com o episódio. “Este é o primeiro ato desse tipo no país e não deixaremos sem resposta”, disse Velabo Mtsetfwa.
Por sua vez, o presidente da Conferência Episcopal do país, Steven Masilela, qualificou como “espantoso” o casamento. “Como igreja, isso nos mostra que fracassamos na missão de transmitir nossos valores”, afirmou o bispo.
Thuli Rudd, no entanto, disse que não fez “nada de mal” e que nenhuma lei pode separá-la da companheira.