Um cidadão francês, Olivier Grondeau, que esteve preso no Irã por mais de 880 dias, foi libertado e já está de volta à França. A sua libertação, assim como a de outro francês que estava em prisão domiciliar em Teerã, foi anunciada por autoridades francesas na última quinta-feira. Esse acontecimento ocorre em um momento em que França e a Europa tentam reiniciar negociações com o Irã sobre seu programa nuclear em rápida evolução.
O presidente Donald Trump enviou uma carta ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, buscando dialogar sobre a situação. Trump também está pressionando Teerã em relação ao apoio dado aos rebeldes Houthi no Iémen, enquanto os Estados Unidos intensificam suas campanhas de ataques aéreos contra o grupo.
Olivier Grondeau foi condenado a cinco anos de prisão sob acusações de espionagem, que ele, sua família e o governo francês negaram veementemente. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que o país não ofereceu nada em troca pela libertação de Grondeau. A libertação de Grondeau ocorreu às vésperas do Nowruz, o Ano Novo persa, período em que o Irã já liberou prisioneiros anteriormente.
Em uma ligação feita em janeiro, Grondeau descreveu sua experiência na prisão, mencionando como a política influencia sua detenção. Ele relatou que as autoridades iranianas o questionaram sobre suas intenções no país, levantando suspeitas sobre sua condição de turista. Durante sua detenção, Grondeau enfrentou condições severas, incluindo confinamento solitário e interrogatórios constantes. Apesar de não ter sofrido ferimentos físicos visíveis, ele compartilhou que as experiências psicológicas foram intensas.
Após sua libertação, uma imagem de Grondeau em um jato particular circulou nas redes sociais, mostrando-o usando uma camiseta com a foto da popstar Britney Spears, antes de se reunir emocionado com sua família em Paris. A mãe de Grondeau descreveu seu filho como um ex-campeão juvenil de Scrabble, fã de Beyoncé e de karaokê, ressaltando o lado humano do cidadão que passou por uma experiência traumática em um país com fortes restrições.
O caso de Grondeau e a situação de outros cidadãos estrangeiros no Irã seguem sendo temas delicados nas relações internacionais, especialmente no contexto das tensões políticas e da busca por direitos humanos dentro do país.
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