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Lídia Brondi: Os 50 anos da atriz-ícone de toda uma geração

"I Want to Be Alone". Com essa frase, a atriz sueca Greta Garbo se retirou de Hollywood, no início dos anos 40, e no auge do sucesso e do glamour. Ela tinha 36 anos.

Guardadas as devidas proporções, o Brasil tem a sua Greta Garbo. A atriz Lídia Brondi abandonou a carreira e a fama aos 30 anos, no auge da popularidade, em 1991. E até hoje é lembrada e idolatrada por toda uma geração – incluindo um enorme contingente de fãs gays. E hoje, no dia 29 de outubro de 2010, Lídia completa 50 anos de vida.

Lídia nasceu em Campinas, interior de São Paulo, filha do pastor presbiteriano Jonas Rezende. Mudou-se para o Rio de Janeiro ainda na infância, e na década de 70 começou sua carreira na TV.

Depois de atuar em um seriado educativo na TVE do Rio, Lídia foi para a Globo, onde começou sua trajetória. Após a estreia na novela "O Grito" (1975/76), ela emendou um trabalho atrás do outro. A consagração veio com a personagem Verinha, do clássico "Dancin Days" (1978/79), onde fazia par romântico com Lauro Corona.

Lídia tornou-se uma das maiores ninfetas que o Brasil já produziu, comparada a estrelas internacionais como Maria Schneider – protagonista de "O Último Tango em Paris" (1972). Para se ter uma ideia de seu poder de fogo, em 1980 ela estampou a capa da revista "Playboy" – mas lá dentro, nada de nudez. Era apenas uma entrevista e um ensaio fotográfico – vestida. Ainda assim, a edição bateu recordes de venda. Em 1987, novo recorde: desta vez, Lídia posou nua para a "Playboy", que ainda brindou-a com uma edição especial lembrando imagens de sua carreira.

No total, a atriz esteve em 15 novelas, sendo apenas uma na Rede Manchete – "Corpo Santo", de 1987 -, o restante na Rede Globo. No cinema, ela atuou em 3 filmes: "O Beijo no Asfalto" (80), "Perdoa-me por me Traíres" (82) e "Rádio Pirata" (87) – os dois primeiros, adaptações de Nelson Rodrigues. No teatro, foram 8 espetáculos.

Em maio de 1991, com o término da novela "Meu Bem Meu Mal" (90/91), Lídia saiu de cena. Muito se comentou sobre seus motivos: síndrome do pânico, desilusão com a profissão, cansaço. Nada foi confirmado, mas o que se sabe – anunciado pela própria Lídia – é que ela cursou psicologia e hoje trabalha no ramo.

Lídia se casou com o diretor de TV Ricardo Waddington em 1982, com quem teve a filha Isadora, nascida em 1985. Separou-se em 1987, e desde 1990 está casada com o ator Cássio Gabus Mendes – seu par romântico em "Vale Tudo" (88/89) e "Meu Bem Meu Mal".

Com a era da internet, Lídia foi redescoberta e relembrada por fãs e curiosos, tendo suas cenas de novelas, filmes e comerciais de TV estampados no YouTube, e imagens espalhhadas pela rede, cultuada em blogs e sites. Mais do que nunca, ela segue como mito e ídolo pop – embora sempre tenha rejeitado esse pedestal.

Atualmente, o trabalho da atriz pode ser conferido em dois grandes momentos: "Vale Tudo", onde ela interpreta um de seus mais famosos personagens, a editora de modas Solange Duprat. A novela está sendo reprisada pelo Canal Viva (pertencente à rede Net).

Além disso, a GloboMarcas acaba de lançar no mercado a novela "Roque Santeiro" (85/86), com Lídia no papel de Tânia, a rebelde filha de Sinhozinho Malta (Lima Duarte). A novela está sendo vendida em box com 16 DVDs.

E vem mais por aí: a emissora SBT anunciou a compra de um lote de novelas da extinta TV Manchete, entre elas "Corpo Santo", e ameaça exibir esta produção a partir de fevereiro de 2011. Que assim seja.

Confira a seguir galeria com alguns momentos marcantes de Lídia Brondi. 

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