Não é apenas o Brasil que está suscetível às bizarrices políticas, países desenvolvidos e de primeiro mundo como a Alemanha, também. O resultado das eleições recentes que aconteceram no país europeu, chamou a atenção pela ascensão ao Parlamento de políticos do partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha), com ideias e propostas conservadoras. À época da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Alemanha, em junho último, a AfD lamentou a decisão em sua página no Facebook. “Com profunda tristeza, nos despedimos da família alemã, cuja proteção constitucional foi enterrada pelos ‘representantes do povo’ no Parlamento”, diz a nota. Curiosamente, uma das vozes de maior projeção dentro do partido é Alice Weidel, de 38 anos, lésbicas assumida, entretanto, contrária à legalização da união entre pessoas do mesmo sexo. Doutora em economia, Weidel vive na Suíça, com sua companheira e dois filhos. Recentemente, ele teve seu nome relacionado a uma polêmica de xenofobia, que denota sua simpatia ao modelo de vida da Alemanha nazista de Hitler – a criação de uma raça ariana superior. O jornal “Die Zeit” teve acesso a um e-mail de 2013, supostamente assinado por Alice, onde ele despejava, por meio das letras, toda sua ojeriza aos imigrantes. “Esses porcos nada mais são do que fantoches dos Aliados da Segunda Guerra (Aliados são os países que venceram a Alemanha – Inglaterra, antiga União Soviética, França e EUA) e têm a tarefa de manter a população alemã pequena, fazendo com que guerras civis moleculares nos centros de aglomeração sejam induzidas pela infiltração estrangeira”, escreveu. Ela nega a informação. Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Alice acredita que “falar em ‘casamento para todos’ enquanto milhões de muçulmanos imigram ilegalmente para a Alemanha é uma piada!”. Ao jornal “Financial Times”, ela disse que “ser a favor da família tradicional não significa que você rejeita outros estilos de vida. O fato de eu ter sido escolhida para ser a principal candidata do partido (AfD) mostra o quanto ele é tolerante”. Nessa fala, ele nega que seu partido seja LGBTfóbico e que, tampouco, ela seja contrária aos direitos dessa população.