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Listamos os filmes gays de 2006

Em 2006, o flerte da sétima arte com os gays parece que finalmente evoluiu e vai dar em namoro. Um romance entre caubóis (O Segredo de Brokeback Mountain), um futuro sombrio, em que gays são exterminados (V de Vingança) e as descobertas sexuais de um jovem e sua relação com os familiares (C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor), apenas citando alguns, ganharam as telas do mundo todo e colocaram a homossexualidade na pauta do dia. Vamos listar aqui os filmes gays – ou que tenham alguma relação com nosso universo – mais bacanas do ano. A lista não é definitiva, vocês podem participar enviando os seus favoritos nos comentários. O Segredo de Brokeback Mountain – A história de amor entre dois caubóis derrubou estereótipos e levou até os mais machões às lágrimas. O preconceito e a violência do interior dos EUA são o pano de fundo para a sôfrega, porém eterna, paixão entre Jack Twist (Jake Gyllenhal) e Enis Del Mar (Heath Ledger). A cena da primeira transa entre os dois é antológica. V de Vingança – Toque de recolher, controle dos meios de comunicação, gays sendo exterminados… Esse é o retrato da Inglaterra num futuro não muito distante. V é um terrorista mascarado que pretende devolver a liberdade ao povo explodindo o Parlamento. Preste atenção na cena em que um casal de lésbicas é arrancado de casa, torturado e posteriormente morto pelas autoridades. É de arrepiar. C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor – Sutileza é a palavra que melhor define essa película canadense. Como num diário, um jovem gay conta sua história de vida e a delicada relação com seu pai (machista de plantão) e demais familiares, desde a infância, passando pelas descobertas sexuais da puberdade até a total aceitação (da família e, principalmente, pessoal). C.R.A.Z.Y. é como um espelho. Transamérica – Às vésperas da operação de mudança de sexo, Bree (Felicity Huffman, de Desperate Housewives) descobre que tem um filho adolescente. A partir daí, o filme mostra as peripécias dos dois durante uma viagem entre Nova York e a Califórnia (onde a operação será feita). A estrada aqui serve apenas como metáfora para a história de vida de um pai, prestes a tornar-se mãe, e o filho recém-descoberto. Café da manhã em Plutão – O diretor Neil Jordan (Traídos pelo Desejo) narra a história excêntrica de Patrick Kitten Braden (Cillian Murphy), travesti que é expulso de casa pela sua família adotiva após ser flagrado utilizando as roupas de sua irmã. Desatento, Patrick acaba se envolvendo com o Exército Republicano Irlandês (IRA), enquanto procura sua mãe, uma atriz que vive em Londres. Da pequena cidade em que vive na Irlanda até a sua chegada em Londres, Patrick passa por inúmeras situações em busca da sua liberdade. Sua jornada ainda é dificultada pela revolução sexual, crises políticas e o preconceito dos anos 70. Figurino e trilha sonora são imperdíveis. Volver – Depois do masculino “Má Educação”, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar volta a falar com e para o sexo feminino no excelente “Volver”, que narra a história de uma mulher simples enfrentando uma tragédia envolvendo sua filha adolescente e o padrasto da menina. “Volver” marca o reencontro do diretor com sua outrora musa Carmen Maura, estrela do magnífico “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, de 1988. Carmen é a mãe morta de Raimunda (Penélope Cruz) e Sole (Lola Dueñas), que reaparece para as filhas, a fim de resolver assuntos pendentes. Almodóvar é gay assumido e o melhor diretor da atualidade. Capote – Em novembro de 1959, Truman Capote (Philip Seymour Hoffman) lê um artigo no jornal New York Times sobre o assassinato de quatro integrantes de uma família de fazendeiros em Holcomb, no Kansas. Capote acredita ser esta a oportunidade perfeita de provar sua teoria de que, nas mãos do escritor certo, histórias de não-ficção podem ser tão emocionantes quanto as de ficção. Acompanhado por Harper Lee (Catherine Keener), sua amiga de infância, Capote surpreende a sociedade local com seus trejeitos efeminados e roupas não-convencionais. Esse caso acabou virando o livro “A Sangue Frio”, um marco do jornalismo literário.

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