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Livros de ensino religioso de redes públicas estimulam preconceito e homofobia

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) constatou que aulas de ensino religioso nas redes públicas do país utilizam livros com conteúdo preconceituoso e intolerante, que incita a homofobia.

Foram analisadas as 25 obras temáticas mais utilizadas nas escolas. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso deve preservar e garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo".

No entanto, a pesquisa apontou que as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afrobrasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.

Denominado "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", o estudo mostra ainda que alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, criticam a homossexualidade e afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus".

A coordenadora da pesquisa, Debora Diniz, ressalta uma falta de controle por parte do MEC, que deveria fiscalizar as publicações para que essas não chegassem às mãos dos alunos.

"O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos", questionou Debora.

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