A edição de novembro da revista gay norte-americana traz na capa um dos maiores ícones gays de todos os tempos: Liza Minnelli. Em termos de afinidade com o universo gay, Liza só perde para a própria mãe, Judy Garland.
Em entrevista à publicação, Liza comenta sua eterna ligação com o público queer masculino. Mas se mostra surpresa com tal conexão. "Não sei o que o público gay vê na minha música. Realmente não pensei nisso. Acho que eles enxergam o que todo mundo enxerga", diz a cantora.
O repórter da "Advocate" tentou arrancar de Liza alguma declaração mais forte, mas não conseguiu. Ao indagar o porquê de Liza e sua mãe terem ambas se casado com homens gays – o pai de Liza é o notório cineasta gay Vincent Minnelli, e a própria Liza se casou diversas vezes com homens gays -, Liza desconversou e saiu da sala.
A diva também diz que somente por volta dos 18 anos passou a entender que existiam homossexuais no mundo. A cantora conta um episódio da década de 60, em que o compositor Fred Ebb disse que iria se encontrar com um grupo de lésbicas denominadas de "As 8 Demoníacas". "Eu disse a ele: Existem oito? Eu não acreditava que existissem oito lésbicas no mundo!"
Apesar de sua cautela com o assunto, Liza sempre será associada ao tema. Basta lembrar que ela foi uma das madrinhas do grupo performático brasileiro dos anos 70 Dzi Croquettes – e até mesmo deu depoimento no documentário sobre a trupe, lançado este ano.
