Um vendedor da loja de eletrodomésticos Ricardo Eletro, em Vitória (ES), no Espírito Santo, entrou com pedido de indenização na Justiça depois de sofrer ofensas homofóbicas de um gerente.
De acordo com o processo, o funcionário relatou que era tratado com "rigor excessivo pelo gerente de vendas", que chegou a insinuar na frente de outros colegas de trabalho que o vendedor era gay.
Segundo o funcionário, o gerente fazia piadas quanto a sua sexualidade e afirmava que ele tinha "voz de gay". Além disso, a noite ele era chamado pelo gerente de "Alice no País das Maravilhas".
Em decisão favorável ao vendedor, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a rede Ricardo Eletro a pagar R$ 30 mil de indenização por dano moral e arcar durante um ano com o pagamento mensal de R$ 250 para auxiliar no tratamento de depressão, que a vítima vem sofrendo.
De acordo com o TST, o vendedor alegou que o modo como era tratado na frente de clientes e colegas provocou um processo de depressão, fazendo com que ele procurasse ajuda e começasse a tomar medicamentos.
A Ricardo Eletro tentou recorrer da decisão, mas teve seu pedido negado pelo TST.
Em tempo
Em contato com o site A Capa, a assessoria da rede de eletrodomésticos afirmou que "a Ricardo Eletro condena qualquer conduta discriminatória e seguirá a determinação da justiça".