The Internet Party Ou Quando Os Pais Do Google Viajam
Redes de relacionamento: eu tenho medo! Não por ser ruim, claro – são ótimas – o meu problema é perder muito tempo com elas depois do cadastro.
Se você é minimamente parecido comigo neste aspecto, vai adorar este vídeo do site Cracked onde os melhores sites da internet incorporados por adolescentes bêbados e cheios de hormônios dão uma festa na casa do Google, enquanto seus pais viajam. O Flickr, o YouTube, o Facebook, toda a galera!
Juno
Se “Little Miss Sunshine” tivesse uma seqüência ruim, ela chamaria “Juno”.
Este é o tipo de filme que você assiste sem a pretensão de aprender muito, mas, ao mesmo passo, espera encontrar diálogos inteligentes, uma boa trilha sonora e um desfecho controverso que por obrigação deveria desprender a carga emotiva de seu coração por ao menos um ou dois segundos, enquanto o letreiro sobe, mas infelizmente este não é o caso.
O longa retrata a história de uma garota que inesperadamente, aos 16 anos, engravida de seu melhor amigo. Após a tentativa fracassada de um aborto, resolve entregar a criança para adoção e então conhece um casal bem alinhado do subúrbio disposto a cuidar de seu bastardo.
Fico imaginando a roteirista-stripper-blogger Diablo Cody, nos sets de filmagem com o diretor Jason Reitman (Obrigado Por Fumar) atrás do monitor achando muito maneiro uma garota grávida discutindo punk rock com o pai adotivo de seu bebê, como se fosse a cena mais legal do cinema mundial desde o lançamento de Alta Fidelidade. Tudo isso coberto de ironias baratas, telefones de hamburguer e todas as referências imagináveis a cultura pop.
Os personagens são um tanto desinteressantes também: o pai da criança/melhor amigo é nerd e tem manias bizarrinhas, a mãe adotiva é republicana, a amiga da escola é uma piranha, a madrasta é a Allison Janney – essas coisas que a gente poderia viver sem. A trilha sonora, apesar de ser até que bacana – tem Cat Power, Velvet Underground, Sonic Youth – é bem melosa, logo, faz jus a todo o resto.
Vamos ver se o indie sobrevive ao Oscar.
Lindsay Moron
O que eu poderia viver sem: Linday Lohan encorporando a Marilyn Monroe, para a New York Magazine.
Morte aos camponeses!
Imagine que você tem 7 anos de idade e está em uma festa de aniversário. Seus olhos brilham com os balões, com o algodão doce, com as crianças correndo de um lado para o outro. Você fica chocado com os truques do mágico e chora porque tem medo de palhaços. Come muito bolo e coxinhas, até não agüentar mais e depois chora de novo, porque as crianças mais velhas não querem brincar com você. Então você cresce, aprende a tocar guitarra, junta dinheiro, compra um vinil do Sonic Youth e mais tarde monta uma banda.
É assim que se faz um cd como “Hold On Youngter”, do grupo Los Campesinos! – uma das surpresas mais agradáveis de 2008 até então. Muitas referências pop-indie, corações partidos e títulos bem-humorados compõe o melhor álbum do ano que mal começou.
A sonoridade do septeto britânico é um combo de todas suas referências (curiosamente não britânicas), como Architecture in Helsinski, Pavement e o Broken Social Scene, de seu produtor musical Dave Newfeld. Violinos, guitarras desafinadas, xilofones e vocais exclamados de meninos e meninas em coro completam a cena deste jeito mesmo: muitas camadas, bem orquestradas, de acordes, desacordes e muito barulho do bom. Não dá para não dançar.
O lançamento ainda não foi oficial, mas acontece esta semana (dia 25), apenas no Reino Unido. Os mais expertos podem checar o álbum em algum link por aí (que não vou dar, não seria ético). Quem gosta de animação 2D tem obrigação de assistir o clipe de “You! Me! Dancing!”, single de 2007. Colírio para os olhos.