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Luciana Genro diz que Levy Fidelix deveria sair algemado, após discurso homofóbico

O último debate entre presidenciáveis, que ocorreu na TV Globo na noite de quinta-feira (2) voltou a abordar a questão da homofobia – mais precisamente na polêmica do discurso homofóbico de Levy Fidelix (PRTB) no último domingo (28).

Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) enfrentaram as falas do candidato, que sugeriu anteriormente que a "maioria deve enfrentar a minoria", quando questionado sobre homofobia e ausência de direitos LGBT. 

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Eduardo, que já havia manifestado indignação com as falas de Levy, propôs para que o candidato pedisse perdão ao povo brasileiro pelas suas falas. "O senhor extrapolou todos os limites e, com a sua fala, agrediu a população LGBT e agrediu 99,9% da população brasileira. O meu partido e outros partidos entraram com uma representação contra o senhor. Eu proponho que você peça perdão à sociedade brasileira", afirmou Eduardo.

Levy não pediu perdão e afirmou que Eduardo "não tem moral" para tal cobrança, devido aos projetos que envolvem a legalização da maconha e do aborto. Ele apelou: "Você propõe que o jovem consuma maconha, faz apologia ao crime, está no Código Penal. Você não vai colocar o povo brasileiro para ir contra o que diz a Constituição, que é o homem e a mulher".

Eduardo, então, garantiu que os dois irão "se encontrar" na Justiça e que ele estará como testemunha. "Se você quer me processar por minhas teses, que presa pela saúde das mulheres e que quer quebrar o poder do crime e ter um diálogo maduro com os usuários, faça. Quero aproveitar para reiterar que o senhor envergonhou o Brasil com sua atitude".

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Depois, Levy perguntou para Luciana se ela teria palavra como presidente, uma vez que, segundo ele, ela rompeu o acordo de fazer uma pergunta para Marina Silva (PSB) no último debate e fez a pergunta para ele sobre homofobia.

Luciana disse que nunca rompeu nenhuma palavra com Fidelix, mas que ele "apavorou, chocou, ofendeu e humilhou milhares de pessoas com o discurso de ódio".

Ela defendeu que dizer para a "suposta maioria enfrentar uma suposta minoria" já aconteceu no passado, no holocausto, na escravidão. "Esse teu discurso de ódio é o mesmo que os racistas fazem contra o negro e os nazistas contra os judeus", disse Luciana.

A candidata argumentou ainda que o Brasil ainda não tem uma lei contra a homofobia, caso contrário pessoas que fazem discurso como o de Fidelix seriam presas. "É assim (algemado) que você deveria ter saído daquele debate".

Os demais candidatos não falaram sobre a homofobia e a transfobia no Brasil.

Após o debate

Na madrugada desta sexta-feira (3), todos os candidatos participaram de uma coletiva de imprensa na Globo. Levy Fidelix voltou a ser questionado sobre as declarações e garantiu não ser homofóbico. Porém, quando um jornalista perguntou o que ele faria se tivesse um filho gay, ele se limitou a dizer: "Não tenho, graças a Deus". 

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