Ex-candidata à Presidência da República, Luciana Genro (PSOL) revelou, em entrevista ao Ig, quais serão os próximos passos. E garantiu que pautas progressistas tem mais apoio que nos últimos quatro anos.
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Luciana foi a primeira a falar sobre homofobia e transfobia em debate eleitoral e conquistou mais de 1,6 milhão de votos, grande parte de LGBT.
"Independente de quem vença (Dilma Rousseff ou Aécio Neves), nós vamos estar na oposição, lutando para construir uma esquerda que não abandona as suas bandeiras", declarou.
Ela também disse que deve voltar para a advocacia, mas que não vai deixar de ser porta-voz do PSOL ao lado dos deputados. "Eu vou ser uma das porta-vozes dessa proposta de esquerda coerente junto com os deputados federais e vou colaborar viajando pelo Brasil, participando de debates, apoiando movimentos".
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Ao ser questionada sobre a dificuldade de emplacar pautas progressistas, a ex-candidata afirmou que as forças conservadoras do Congresso estão piores, mas que a sua votação maior que a dos ex-candidatos Pastor Everaldo (PSC) e Levi Fidelix (PRTB) – que durante a eleição afirmaram ser contra os direitos LGBT, bem como o casamento entre pessoas do mesmo sexo – mostra que as pautas progressistas tem mais apoio que as pautas reacionárias.
"Esses setores reacionários levantam a cabeça em uma reação ao avanço das forças progressistas. É natural que, à medida que haja mais intenção por avanço, como a gente vê na questão LGBT, alguns setores reacionários se levantarem e tentem reagir a essas demandas por avanço. Estamos hoje em melhores condições para demandar avanços sociais e nos direitos civis do que estávamos há quatro anos".
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Luciana afirma que o seu eleitor é heterogêneo, "frustrado com o PT" e consciente do "retrocesso do PSDB". "As jornadas de junho criaram uma massa crítica que busca uma nova política de verdade, não a fraude que Marina (Silva, PSB) propôs durante o processo eleitoral".
