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Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia, defende o uso de cotas inclusive para gays e obesos

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no último domingo (1°), Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), defendeu o uso de cotas no combate ao preconceito no País, incluindo para homossexuais, obesos e travestis. “Todas as populações e grupos apartados historicamente deveriam ser beneficiados, como obesos, homossexuais, travestis (…) os mais feios, os negros deficientes físicos. Muitas afro-descendentes pardas, bonitas e ricas sofrem muito menos discriminação do que uma branca, pobre, gorda e lésbica”, disse Mott à Folha. Para o militante baiano, as cotas são necessárias para a construção de uma sociedade mais eqüitativa. “O sistema de cotas já desconstruiu algumas preocupações daqueles que se opunham a ele, como o rendimento [escolar]. Os cotistas mostraram ter rendimento igual ou superior aos outros”. Outro ponto que preocupa Mott é a violência que o antagonismo racial pode provocar. Ele usou como exemplo o ataque contra estudantes africanos na UnB, semana passada, em que a porta de três quartos foram queimadas. “Vivendo há 30 anos na Bahia, convivendo sempre com companheiros negros, receio que esses antagonismos raciais cheguem ao nível de violência, como ocorre na Inglaterra e nos EUA. Não se vê no Brasil pessoas sendo espancadas ou sofrendo violências físicas devido ao ódio racial, como acontece lá”, declarou.

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