Ando ausente do blog pelo simples fato de não achar tão relevante assim as coisas que tenho escrito. Adotei o slogan da Veja na minha vida: seja relevante. Por isso só vou usar este espaço quando o que eu escrever for relevante para quem for ler, principio básico.
Não ia escrever sobre minhas impressões em relação ao filme, mas vejo como obrigação fazer isso, uma vez que fiz um post classificando o filme como eleitoreiro, onde fui chamado até de "quá quá desqualificada", o que me deixou bastante feliz, porque na opinião deste leitor, eu estaria sendo treinado para trabalhar na Veja e se estava sendo e substituir Diogo Mainardi, achei uma honra, afinal é um importante colunista da terceira maior revista de circulação semanal do mundo.
O petista ainda diz que tenho "ótimo futuro como jornalista", sugestionando que minhas opiniões são péssimas. Será que para ser bom jornalista tem que ser de esquerda, petista, anarquista, como no filme, que quebram e matam pessoas em nome de salários. Nada justifica destruição do patrimônio, seja público ou privado. Mortes então, não precisa nem falar.
Aliás, acho muito engraçado essa postura dos esquerdistas, que usam a desqualificação como instrumento para fortalecer suas idéias. Sereno foi Serra, em uma entrevista ao "É Notícia", um dos meus programas favoritos, onde ele não ataca o governo, pontua corretamente sua visão em relação às políticas econômicas, achei tão sensato, que só poderia vir dele, claro.
Mas voltando ao filme, é um bom filme como achei que fosse. Sou fã do cinema nacional como já disse e vi outras clássicas histórias de superação como "Dois Filhos de Francisco", que aliás, possuem cenas muito parecidas. O sertão, o pau-de-arara, a fome.
A atuação de Glória Pires é realmente muito boa, também não poderia ser diferente, vindo de uma atriz como ela. Rui Ricardo também dá um show de interpretação e a voz dele, com o passar do tempo, vai ficando igual a do Lula, em algumas cenas parece até que houve dublagem de tão parecida que ficou. No entanto, a história eu tenho alguns pontos a salientar:
Petróleo
Em uma cena, durante a formação de Lula como torneiro mecânico, em que ele coloca a mão dentro de um barril de óleo e depois limpa em seu macacão de trabalho. Uma óbvia relação com a foto capa dos maiores diários brasileiro em que Lula coloca a mão suja de petróleo nas costas de Dilma, na auto-suficiência da Petrobras.
Formação
O então presidente do sindicado diz para Lula que "aqui formação é deformação", desqualificando formação acadêmica, coisa que o nosso presidente já cansou de dizer, que é um presidente sem formação acadêmica, como se isso fosse bacana, soando quase como um incentivo, contrariado pelo seu próprio projeto ProUni, que particularmente acho bem bacana.
Diferente
Em outra discussão como o então presidente do sindicato, Lula se exalta por conta dos acordos que o sindicado mantém com as fábricas e grita que "é preciso fazer diferente, alguém tem que fazer diferente". Texto de sua campanha de 2002.
Mas não é um filme eleitoreiro, claro. Nem tem financiamento público, como eles enfatizam no começo da projeção, mas também nem precisava. Os "apoiadores" do filme são: Odebrecht, Oi, Camargo Corrêia, AmBev, EBX entre outras.
Todas as empresas possuem alguma ligação com o governo, seja através de licitações para obras faraônicas – e muitas suspensas pelo TCU -, seja por liberação de dinheiro pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Patrocinar uma história tão linda seguramente é um ato nobre, perante o próprio governo. É uma ação de "sustentabilidade contratual", ops, "responsabilidade social". Ou melhor, é uma responsabilidade com o país, de devolver parte do dinheiro dos nossos impostos em obras culturais, que ganharam com muita obra "licitada".
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E não achar o governo Lula o maior acontecimento político que o Brasil já teve me traz retaliações, eu sei. Mas não me importo, afinal ter opinião tem um preço.
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Um amigo Lulista me perguntou hoje "e aí, resolveu votar na Dilma?" e com minha negativa ele soltou "então o filme não funcionou para você".
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Estou quase terminando de ler a biografia de Lula, que deu origem ao filme. Quando terminar vou fazer um novo paralelo, entre o escrito e o filmado.
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E o Vale-Cultura, tem que sair logo, para engrossar a massa de espectadores do filme, um retrofinanciamento da obra.
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Chavéz está negociando com a produtora do filme para distribuir na Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.
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Será que este post será apagado, a pedido do petista?