Lançando o mais novo álbum Rebel Heart, Madonna foi entrevistada pela revista gay Out e falou sobre a sua relação com a comunidade LGBT e a misoginia que existe no mundo.
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Segundo a rainha do pop, em conversa com Christopher Glazek, os direitos dos gays avançaram muito mais que os das mulheres.
"As pessoas estão com a cabeça muito mais aberta para a comunidade gay que para as mulheres, ponto final.As coisas avançaram para a comunidade gay, para a comunidade negra, mas as mulheres ainda estão vivendo de mostrar a bunda. Para mim, a última grande fronteira são as mulheres", afirmou.
Ela justifica dizendo que as mulheres são o grupo mais marginalizado. "As pessoas não permitem que elas passem por mudanças. Você tem que entrar numa caixinha, tem que se comportar de um jeito, se vestir de um jeito. Você ainda é categorizada – ou é virgem ou puta. Se passa de certa idade, não pode mais expressar a sexualidade, ser solteira ou sair com homens mais novos".
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Na entrevista, a artista revela que a primeira vez que viu um homossexual foi durante uma aula de balé no ensino fundamental. Foi seu professor, Christopher Flynn. "Não se chamava de gay na época. Mas eu simplesmente compreendi que ele sentia atração por homens. Ele me levava para museus e me levou para o meu primeiro clube gay em Detroit, Menjo's". Foi desta relação, que ela entendeu o irmão mais novo. "Compreendi que ele era diferente. Havia uma compreensão silenciosa".
Ao falar sobre o nome álbum, ela afirma que ele não foi feito para tocar em clubes gays. E sobre a música que leva o nome de Joana D'Arc – guerreira francesa, que foi queimada aos 19 anos em 1431 – ela afirma se identificar. "Às vezes me queimam viva metaforicamente. Se bem que não nesse exato momento".