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Mãe e filha processam empresa de Felipe Neto por meme com Pabllo Vittar

Foto usada como meme em página do Instagram gera ação judicial por danos morais no Rio de Janeiro
Mãe e filha processam empresa de Felipe Neto por meme com Pabllo Vittar

Foto usada como meme em página do Instagram gera ação judicial por danos morais no Rio de Janeiro

Em São Gonçalo, Rio de Janeiro, uma mãe e sua filha decidiram lutar contra o uso indevido de sua imagem em uma página de humor no Instagram, que as associou de forma pejorativa às artistas Pabllo Vittar e Madonna. A foto delas, originalmente compartilhada pela empresa Play9 — fundada por Felipe Neto, João Pedro Paes Leme e Marcus Vinícius Freire — viralizou como meme em maio de 2024, durante a apresentação de Madonna no Rio de Janeiro, causando constrangimento e repercussão negativa no bairro onde vivem.

A página “greengodictionary”, que contava com mais de 1,8 milhão de seguidores, publicou a imagem com a legenda: “Eu ainda vou te dar muito orgulho velha”, uma referência jocosa que levou as duas mulheres a serem alvo de piadas e deboche. Embora a foto tenha sido removida após contato das autoras, os danos morais já estavam presentes, motivando o processo na justiça.

Quando a imagem vira meme: direitos e respeito

Essa não é a primeira vez que a imagem da mãe e filha é usada sem consentimento. Em 2021, a Skol Beats também veiculou a mesma foto em uma campanha que acabou gerando acordo judicial para reparar o uso indevido da imagem. Agora, a ação contra a Play9 busca uma indenização de R$ 50 mil em danos morais, evidenciando a importância do respeito à privacidade e à dignidade das pessoas, especialmente diante da viralização em redes sociais.

Este caso chama atenção para a responsabilidade das empresas e influenciadores na gestão de conteúdo compartilhado que pode afetar diretamente a vida de terceiros, principalmente quando a exposição ultrapassa o campo do humor para transformar pessoas reais em alvos de ridicularização pública.

Repercussão no universo LGBTQIA+

Para a comunidade LGBTQIA+, que celebra figuras como Pabllo Vittar como ícones de resistência e representatividade, a utilização de imagens de mulheres negras e comuns em memes que as associam a essas artistas pode ser uma faca de dois gumes. Embora a cultura meme seja parte vital das redes sociais, é fundamental que o humor não perpetue estigmas ou viole direitos, mantendo sempre a empatia e o respeito.

O episódio reforça a necessidade de conscientização e de diálogo aberto sobre o impacto das redes sociais na vida real, especialmente para grupos historicamente marginalizados, como a comunidade LGBTQIA+, mulheres e população negra. Afinal, o humor só é libertador quando não oprime nem humilha.

O processo aberto contra a Play9 é um marco importante na luta pela proteção da imagem e do respeito nas redes sociais, mostrando que, no universo digital, ninguém está isento de consequências legais quando ultrapassa o limite do respeito ao próximo.

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