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Mães ugandenses desafiam lei anti-LGBTQIA+ e apoiam seus filhos

Em Uganda, mães corajosas enfrentam preconceito e leis duras para abraçar a diversidade de seus filhos LGBTQIA+
Mães ugandenses desafiam lei anti-LGBTQIA+ e apoiam seus filhos

Em Uganda, mães corajosas enfrentam preconceito e leis duras para abraçar a diversidade de seus filhos LGBTQIA+

Em Uganda, um país onde a homossexualidade pode ser punida com prisão perpétua e, em casos agravados, até pena de morte, algumas mães têm enfrentado a dura realidade para apoiar seus filhos LGBTQIA+. Em meio a ameaças, isolamento e o peso de uma legislação severa, essas mulheres desafiam o preconceito e o silêncio, mostrando que o amor é a maior revolução.

Queerness africano: amor e identidade

Mama Joseph, mãe de um jovem que se assumiu gay, é uma dessas vozes poderosas que derrubam mitos. Ela afirma com firmeza que a orientação sexual do filho não é “importada” de fora, como muitos acreditam em sua comunidade. “Eu nunca saí de Uganda. Meu filho cresceu aqui, e é muito africano e muito queer”, diz ela, desafiando a narrativa que associa a diversidade sexual a influências externas.

Embora tenha sofrido retaliações, como o afastamento de vizinhos e ameaças de parentes, Mama Joseph não esconde seu orgulho pelo filho e pela jornada compartilhada.

Amor que vence o medo nas famílias ugandenses

Em muitas casas pelo leste africano, mães como Mama Arthur têm escolhido o amor em lugar do medo. Ela conta que, apesar do choque inicial ao saber da sexualidade do filho, a relação evoluiu para uma conexão profunda e verdadeira. “Quando um filho se abre, é difícil no começo, mas conforme caminhamos juntos, nos conhecemos melhor”, compartilha.

Essa abertura representa um movimento silencioso em Uganda, onde algumas famílias jovens rejeitam dogmas tradicionais e abraçam a honestidade e o acolhimento. Essas mães também levam sua voz além dos muros de casa, participando de encontros comunitários e defendendo seus filhos mesmo diante da desaprovação religiosa e social.

Resistência silenciosa diante da repressão

Desde a assinatura da lei anti-homossexualidade em maio de 2023 pelo presidente Yoweri Museveni, a repressão contra a população LGBTQIA+ intensificou-se com prisões, violência e perseguições. Muitos buscam refúgio em países vizinhos como o Quênia, enquanto outros vivem na clandestinidade.

Em meio a esse cenário, as mães que apoiam seus filhos protagonizam uma resistência silenciosa, pautada no amor e na coragem, mesmo sem protestos públicos ou manifestações. Elas acolhem, protegem e defendem seus filhos em um país onde ser quem se é pode custar a liberdade ou a vida.

Paralelos na África do Sul: direitos legais versus desafios sociais

Mais ao sul do continente, na África do Sul, onde os direitos LGBTQIA+ são garantidos por lei, o preconceito social ainda provoca rejeição, violência e sofrimento. Mães como Mama Thandi dedicam-se a apoiar jovens queer que foram expulsos de casa ou vítimas de agressões.

Ela destaca a contradição entre a proteção legal e as práticas homofóbicas, inclusive nas igrejas, que pregaram contra o amor e a diversidade, perpetuando o sofrimento de muitos.

Impactos pessoais e coletivos do preconceito

As mães de Uganda enfrentam não só o estigma social, mas também consequências práticas, como ameaças e dificuldades financeiras, ao apoiar seus filhos. Algumas tiveram que vender bens, outras buscaram refúgio para proteger seus familiares.

Apesar disso, não recuam. Como ressalta Mama Hajjat, o que importa é o amor, e até mesmo familiares antes resistentes mudaram ao reconhecer a força e a coragem de seus filhos.

Essas histórias fazem parte de redes de apoio ligadas a organizações internacionais, que buscam fortalecer a comunidade LGBTQIA+ e seus familiares em contextos hostis.

Um chamado à mudança e à esperança

A lei repressiva de Uganda tem sido alvo de críticas globais, incluindo de organismos das Nações Unidas, que apontam sua incompatibilidade com direitos humanos. Mas o governo mantém sua posição, alegando proteção dos “valores africanos”.

Para as mães que lutam contra o preconceito, a mudança começa em casa. “Não vou enterrar meu filho por vergonha”, declara Mama Joseph, que representa a esperança de uma revolução feita de amor materno e aceitação.

Enquanto o mundo observa, essas mulheres reescrevem a história de Uganda com atos de coragem e afeto, mostrando que a verdadeira revolução é aquela que acontece no coração das famílias.

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