Foi lançado ontem durante a V Conferência Ilga – Lac, o Manual de Comunicação LGBT, que levou dois anos para ficar pronto e teve como organizadores e realizadores Ferdinando Martins, Leo Mendes, Lilian Romão, Liandro Lindner, Toni Reis e David Harrad.
Léo Mendes, ex-secretário de comunicação da ABGLT, disse que quando estudante nunca foi ensinado sobre que era homossexual. Segundo o também jornalista, ele aprendeu da pior maneira. "Quando formado me lembro que um dia fui perguntar para colegas de profissão como deveria citar os homossexuais e me disseram que se era gay, era para colocar viado, para lésbica, sapatão e para as travestis, traveco".
O ativista lembrou aos presentes que o código de ética dos jornalistas proíbe a discriminação por orientação sexual e que agora deve acrescentar "identidade de gênero". E depois disse que "é necessário levar o manual LGBT para os editores dos grandes jornais". "Não queremos mais que se diga ‘o traveco’ o certo é a travesti", finalizou.
Mariângela Simão, diretora do Plano Nacional de Combate ao HIV/ AIDS, aplaudiu a iniciativa e disse que é necessário que o manual "chegue a outras pessoas". "Ele não é para nós", em seguida disse que a secretaria de saúde está "a disposição para ajudar a divulgar".
Após o lançamento do Manual de Comunicação LGBT, foi lançada a nova campanha de Direitos Humanos e contra o preconceito da ONU, "Igual a Você". Foram realizados vídeos com trans, gays, negros e mulheres. Alguns videos também abordam a diversidade nas escolas e pessoas adictas. E para fechar a noite, houve a posse da nova diretoria da ABGLT e um bolo em comemoração aos 15 anos da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais.