A bailarina Kiara Souza, que é uma mulher transexual, tornou-se notícia nas últimas semanas depois de revelar que já trabalhou com Mara Maravilha na infância, quando fazia parte do corpo de balé. Há alguns dias, ela esteve em uma festa da apresentadora e passou por uma curiosa e deselegante saia-justa.
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Kiara foi a convite do TV Fama, da RedeTV!, reencontrar Mara, mas a apresentadora – que até então não sabia que ela estava lá – minimizou a sua participação no programa infantil dos anos 90.
Quando questionada pela jornalista Andrea Corazza sobre a bailarina, Mara respondeu: "É do negócio que virou transexual? É desse que você está falando? Não procede porque eu não lembro dele, não. Esse rapaz, um beijo, mas não lembro. Se ele esteve, foi vestido de personagem, com cabeça e com roupa, nem vi o rosto dele".
Ao ser informada que a bailarina tentou diversas vezes a reencontrar, Mara disse "tudo bem, deixa acontecer naturalmente". Já quando soube que ela estava na festa, Mara não demonstrou empolgação: "Tudo bem, não tem problema, a gente vai tratar muito bem", soltou. "Vou aproveitar ele estar aqui, ela, para que as pessoas tirem de vez que eu sou homofóbica. É uma palhaçada. Eu sou crente, mas não sou demente. Tá enchendo o saco. A pessoa homofóbica é violenta e eu tenho amigos".
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No reencontro, elas se abraçaram, Kiara explicou que fazia parte do elenco como o Macaquinho Guaraná e que integrava, sim, o corpo de balé. Mara pegou as duas mãos e disse: "Eu amo você, mas não sou obrigada a amar tudo o que você faz. Você me ama, mas não é obrigada a amar tudo o que eu faço. E assim a gente vive em uma sociedade de amor e de respeito". E fez questão de frisar: "Ficou claro que ele, ela, não era meu maroto, não era do meu elenco?".
Em conversa exclusiva com o A CAPA, Kiara afirma que achou desnecessárias as colocações de Mara para o reencontro e que achou desrespeitoso ser referida como "ele". "Ela acabou dizendo nas entrelinhas que tem preconceito, pois as pessoas crentes jamais diriam isso a alguém que acabou de reencontrar e que sequer sabem como está a vida atualmente. Não sei se eu não fosse transexual ela diria tudo aquilo. Mas também quero dizer que posso amar ela, mas não aceitar que ela seja preconceituosa".
Após as gravações, a bailarina conta que mostrou o álbum de fotos da época do programa e falou nomes de pessoas envolvidas na atração. "Daí ela falou que estava se lembrando de mim. Não sei se ela disse que não se lembrava por preconceito, mas não estou decepcionada por reencontrar a Mara, ela faz parte do meu passado. Só achei que poderia ter sido melhor recepcionada", declarou ela, que mora no interior de SP e que atualmente cursa teatro musical.
Assista ao programa e tire as suas conclusões:
