Líder do CQC, da Band, Marcelo Tas revelou à revista Crescer do mês de outubro sobre a relação com Luc, o filho que aos 22 anos afirmou ser um homem transexual. Hoje, aos 25, a relação com a família é de admiração e respeito.
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"Uma novidade desse tamanho sempre é surpreendente. Antes de tudo, devemos admitir que independente da orientação – hetero, homo, trans, bi… – a sexualidade é um assunto que desafia e intriga os seres humanos desde que o mundo é mundo", admitiu Tas.
Ele diz que, por outro lado, as famílias da nova geração são as primeiras a tratar a transexualidade de um filho da forma natural, acolhedora e transparente – como sempre deveria ter sido. "As questões de sexualidade e gênero são importantes. Mas não são mais importantes do que o amor incondicional que devemos manter na nossa família. Este sim é o assunto mais importante da nossa vida".
Na entrevista, Luc afirma que mora nos Estados Unidos, trabalha como advogado e namora outro homem trans, Nicholas. "Sou muito sortudo. A realidade é que minha família sempre me apoiou em tudo. Eu contei que era bi quando ainda era muito novo, e eles nem piscaram. Quanto a eu ser trans, acredito que foi um pouco mais difícil, tanto para mim quanto para eles. Hoje em dia, eles sempre usam os pronomes certos para se referir a mim (ele/dele, etc.) e meu nome (Luc)".
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Dentre as histórias de família, Tas lembra: "No casamento do meu irmão, Luc tinha uns 2 ou 3 anos e devia ser a "dama" de honra. Deu um escândalo tão grande porque não queria botar o vestido. Foi de fraldas até a cerimônia e só resolveu vestir a roupa já no altar. Acabou curtindo a experiência. Não estou dizendo que ali já pressentia uma questão de gênero, mas sim que via nele um ser bastante decidido sobre o que queria ou não fazer".
Curiosamente, o programa CQC já foi acusado por telespectadores de transfobia ao abordar travestis e mulheres transexuais na atração.
Tas com o filho e o genro, Nicholas