No último sábado, diversas entidades feministas e do movimento LGBT+ se uniram em uma significativa “Marcha Antifascista” em Formosa, Argentina, em protesto contra as declarações polêmicas do presidente Javier Milei, que foram consideradas ofensivas e homofóbicas. A manifestação, que percorreu a Avenida 25 de Maio, contou com a participação de partidos políticos, líderes comunitários e cidadãos que se mobilizaram em defesa dos direitos humanos e contra a crescente discriminação em um contexto político que tem se mostrado hostil às minorias.
Eris Cantero, membro da Assembleia Feminista em Formosa e da Diversidade Peronista, expressou sua indignação em entrevista ao programa “La Mañana en Vivo”, afirmando que as declarações do presidente em um fórum em Davos representam um “retrocesso doloroso” nos direitos conquistados pela comunidade LGBT nos últimos anos. Segundo Cantero, o discurso de Milei não apenas propaga a violência verbal, mas também incita a agressão contra pessoas LGBTQIA+, alimentando um clima de hostilidade e discriminação.
Durante sua fala no evento internacional, Milei fez comparações infelizes entre pessoas homossexuais e pedófilos, além de insinuar que indivíduos trans seriam criminosos. Cantero destacou que essas generalizações e comentários depreciativos não apenas ferem a dignidade da comunidade LGBT, mas também têm o potencial de promover atos de violência contra essas identidades. A ativista enfatizou ainda que a retórica do presidente deslegitima as lutas e conquistas sociais alcançadas até o momento.
A Marcha Antifascista em Formosa foi um claro sinal de resistência contra discursos de ódio e uma reafirmação do compromisso com a igualdade e os direitos humanos. Os participantes não apenas expressaram sua preocupação com o futuro das políticas de inclusão, mas também celebraram a diversidade e a luta contínua por um espaço seguro e respeitoso para todas as pessoas, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. O movimento LGBT+ e seus aliados permanecem vigilantes e determinados a combater qualquer forma de discriminação, afirmando que os direitos humanos são universais e devem ser respeitados por todos.
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