No dia 8 de março de 2025, uma multidão de drag queens, drag kings e aliados se reuniu em uma marcha em frente ao Kennedy Center, em Washington, D.C., como resposta ao recente controle do local por Donald Trump, que prometeu banir shows de drag e outras programações consideradas “woke”. O evento, organizado pelo drag king Lord Henry, começou na Washington Circle, onde ele afirmou: “Exigimos que o Conselho do Kennedy Center restabeleça a programação queer, incluindo workshops e shows voltados para drag e outras iniciativas de equidade e diversidade”.
A marcha, que percorreu cerca de um quilômetro, culminou em um comício em frente ao icônico centro cultural. Durante o protesto, a drag queen Tara Hoot, que já se apresentou no Kennedy Center, expressou seu descontentamento: “Um homem que nunca pisou aqui não tem o direito de decidir o que é arte ou não. É vergonhoso e imoral demonizar uma população marginalizada para atacar uma instituição artística veterana. Estamos aqui para contar nossas histórias de amor, superação e alegria, que são histórias americanas.”
Além de Hoot, outros artistas, como Blaq Dinamyte e Mx.Noir, também discursaram. Após a tomada de Trump, vários artistas cancelaram seus compromissos com o Kennedy Center, incluindo o musical Hamilton, que teve seu criador, Lin-Manuel Miranda, e o produtor Jeffrey Seller, se distanciando da instituição. O Kennedy Center também cancelou um concerto em homenagem ao World Pride, que contaria com a presença do Gay Men’s Chorus de Washington, D.C.
A mobilização contou ainda com uma petição do grupo ativista Qommittee, exigindo que doadores do Kennedy Center suspendessem seus financiamentos até que a independência artística fosse restaurada. Blaq Dinamyte, presidente da Qommittee, enfatizou a importância da arte drag: “Nosso trabalho cria um mundo onde você pode ser quem realmente é. Drag é uma forma de libertação e uma ameaça para governos que querem controlar como vivemos e nos expressamos. Se você apoia a liberdade artística, não financie instituições que censuram artistas”.
O protesto destaca a luta contínua da comunidade LGBTQIA+ contra a censura e a busca por visibilidade e respeito no mundo das artes.
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