No último domingo, 23 de março de 2025, centenas de pessoas se reuniram no coração do histórico bairro LGBTQ de Dallas para participar da Marcha pela Libertação Queer e Trans. O evento, que teve início na Catedral da Esperança, na Cedar Springs Road, contou com uma série de discursos que expressaram a preocupação, o medo e a raiva da comunidade LGBTQ, especialmente dos transgêneros, diante do atual clima político adverso. Os organizadores da marcha enfatizaram a necessidade de apoio mútuo e resistência contra as leis e políticas anti-LGBTQ que vêm sendo implementadas em todo os Estados Unidos e no Texas.
A artista drag Lushious Massacr, uma das vozes mais proeminentes do evento, lembrou o custo histórico da luta pelos direitos LGBTQ: “Lembre-se do que foi necessário para chegarmos até aqui. Não será fácil e não permitiremos que isso nos seja tirado.” A marcha, que contou com a participação de cerca de 800 pessoas, seguiu em direção ao Crossroads, onde um marco histórico reconhece a contribuição da comunidade LGBTQ na cidade. Os participantes carregavam placas e bandeiras do orgulho, entoando palavras de ordem como “Silêncio é cumplicidade” e “Estamos aqui, somos queer, não vamos a lugar algum”.
Esse evento ocorre em um momento crítico, apenas dois meses após a segunda posse do presidente Donald Trump, que implementou ordens executivas que visam diretamente a comunidade LGBTQ, com foco especial nos direitos dos transgêneros. Essas ações, que incluem a definição de “sexos” como imutáveis, são contestadas legalmente e têm gerado reações de apoio e oposição em todo o estado do Texas.
Jacob Reyes, organizador da marcha e membro de organizações sem fins lucrativos voltadas para a comunidade LGBTQ, destacou a importância de demonstrar força e união. “O poder de um protesto está em mostrar números e afirmar publicamente que não vamos a lugar algum”, afirmou. Participantes como Roberto Barajas e Taylor San Miguel compartilharam seus motivos para estar presentes, enfatizando a necessidade de lutar por uma vida digna e pelo respeito à diversidade.
Reyes também mencionou que, apesar do clima de medo, ele se sente otimista. “Ainda temos muito a fazer e já estamos planejando eventos futuros. Precisamos mostrar que os texanos LGBTQ não serão apagados.”
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