Com os termômetros da Avenida Paulista oscilando entre 10 e 9 graus, cerca de 300 manifestantes se reuniram neste domingo (20), no centro econômico da cidade de São Paulo, para protestar contra o avanço do "estado evangélico" e pedir à aplicação do Estado Laico de fato.
Por volta das 15h20 pouco mais de 60 pessoas se encontravam na Praça do Ciclista, ponto de encontro para a concentração do ato. Os organizadores se mostravam preocupados e tentavam entender o por quê do baixo número de participantes. Para a grande maioria o motivo era obvio: a baixa temperatura da cidade. Porém, às 16h, hora da saída da manifestação, os presentes já somavam mais de 100.
Munidos com bexigas pretas e cartazes que exortavam o avanço das ideias fundamentalistas na sociedade e nos parlamentos ao redor do Brasil, os ativistas ocuparam a Avenida Paulista por volta das 16h30. Estavam presentes ativistas do movimento LGBT, feministas da Marcha Mundial das Mulheres, representantes de religiões afros e anarko punks.
Os manifestantes protestaram contra o uso de canais de televisão pelas igrejas. Na opinião dos ativistas, o uso desses canais serve para "disseminar ódio e preconceito" e que tal fato deveria ser banido, visto que o canal de televisão é uma concessão pública. Já as feministas pediram para decidirem sobre o seu corpo e o direito de abortar.
A questão das igrejas não pagarem imposto também foi colocada na pauta. Segundo os ativistas, pastores se aproveitam disso "para enriquecer".
O ato percorreu toda a Avenida Paulista e encerrou às 18h30. A seguir, veja fotos de toda a manifestação do Estado Laico.