Os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) foram anunciados na quarta-feira (11) como os possíveis candidatos à dividirem vice-presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, informou o jornal O Estado de São Paulo. Mas Feliciano decidiu recuar.
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Depois da reação negativa de setores da bancada evangélica, o deputado justificou que não poderia ser vice-presidente da Comissão porque o seu partido não integra o bloco do PT. Mas a assessoria do PT informou que ceder a vaga é possível.
Segundo a publicação, integrantes da CDHM tentam construir um acordo com os partidos e costurar o imbróglio que se iniciou na última semana e firmar acordos prévios.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) é o candidato oficial à presidência, sem outro concorrente. Para uma das cadeiras de vice, a bancada evangélica indicaria Feliciano, que já ocupou a presidência em 2013. Já o Jean deve ocupar mediante a um acordo com o PT.
A bancada evangélica quer ainda que a terceira vice-presidente seja Rosângela Gomes (PRB-RJ). A reunião para a eleição deveria ocorrer na quarta-feira (11), mas foi suspensa devido ao andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional.
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Considerado um político que luta contra os direitos LGBT – e que apoiou projetos como a "cura gay" – Feliciano diz anteriormente que pretendia montar uma chapa para mostrar que Congresso é lugar de consenso. Já Jean, que é defensor da causa, declarou que "a sociedade precisa entender que o papel da política é o diálogo".
O parlamentar evangélico Marcos Rogério (PDT-RO), titular na Comissão, declarou que não "combina" Feliciano e Wyllys na mesma bancada. "São forças antagônicas. Os dois representam bandeiras distintas, visões de mundo diferentes. Nâo fui ouvido. Esse acordo não existe. Vou trabalhar contra".