Após ter sido eleito o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH), o pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) reafirmou que é contra o casamento gay, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e o aborto.
"A minha posição é a de sempre: casamento é entre homem e mulher. Essa é uma posição minha. Todavia, o que nós estamos lutando aqui não são proposições religiosas, são proposições da Constituição", afirmou o deputado nessa última quinta (7) após a eleição.
A tal proposição da Constituição que ele argumenta tem base no artigo 226, que traz o seguinte texto no terceiro parágrafo. "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento".
A eleição de Feliciano, que ocorreu em sessão fechada, gerou inúmeros protestos de outros políticos, ativistas e da população em geral.
"Essa comissão não foi criada para fazer ligação com nenhuma religião, muito menos com fundamentalistas que são contra negros, contra índios, contra homossexuais e contra o povo brasileiro. Decidimos nos retirar", disse Domingos Dutra (PT-MA), ex-presidente da Comissão, que abandonou a sessão ao lado de outros parlamentares.
Nas redes sociais, imagens de lutam simbolizavam a morte dos Direitos Humanos no Brasil. As manifestações se estenderam também no Congresso.
Manifestantes protestam no Congresso Nacional contra a eleição de Marcos Feliciano