Quem assiste à novela Babilônia, da TV Globo, já viu as mudanças do personagem Carlos Alberto (Marcos Pasquim) – que na sinopse era homossexual, mas que acabou "virando" hétero devido a opinião das telespectadoras – sobretudo em cima da protagonista Regina (Camila Pitanga).
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Mas, para o ator, a avaliação da rejeição e a oportunidade de viver um personagem homossexual foi tirada muito cedo, antes mesmo de ele sair do armário.
"Eu me preparei para fazer um personagem (homossexual). Ao meu ver, o grupo de discussão foi feito muito cedo. Mas faço parte de um tipo, os técnicos – os autores – é que mandam. Se mudam, vamos nessa. Quero que o time ganhe. Infelizmente, nã vingou por causa do grupo", declarou ao jornal Extra.
Na pesquisa que mudou os caminhos do personagem, as telespectadoras mulheres declararam que não queriam ver Pasquim – considerado um típico galã – num papel gay.
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Segundo ele, a aprovação ou reprovação deveria ser dada depois que o personagem se revelasse gay, o que não chegou a ocorrer. "Ninguém viu o outro Carlos Alberto porque ele não teve tempo de sair do armário. Ele ficou muito tempo fechado", lamentou.
O ator justifica, todavia, o novo e repentino interesse por Regina. "O jeito batalhador, guerreiro, o encantou. Eles vão namorar mesmo, terão noites de amor, e Carlos fará tudo para ela virar a página do Vinícius (Thiago Fragoso). Ao comentar a reação do público, Marcos declara que eles aprovaram o romance. "Comentam com animação", diz.
Com Carlos Alberto hétero, o esperado romance com Ivan (Marcello de Melo Jr.) foi substituído por Sérgio (Cláudio Lins), irmão de Carlos Alberto, que entrou recentemente na trama.