A cantora Marina Lima, de 59 anos, foi entrevistada pela mais recente edição da revista IstoéGente e falou o que pensa sobre a comunidade LGBT, os direitos do grupo e o Brasil.
Segundo a artista – que é assumidamente bissexual desde os anos 80 – o brasileiros estão mais tolerantes com a diversidade sexual nos últimos anos.
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"O Brasil está andando. Acho que o mundo inteiro está aceitando essa nova realidade, seja nos EUA, seja na Europa ou no Brasil. Tem uma terceira novela com personagens gays! O país todo está mais livre e tolerante, seja na questão da sexualidade, seja da religião", comentou ela, ao falar sobre o casamento civil.
Para Marina, as pessoas em geral estão mais preocupadas com os próprios problemas que com a sexualidade alheia. "Não é porque o cara é heterossexual que ele vive feliz. Na vida, tudo é uma questão de costume, e cada um tem que cuidar da sua. Às vezes, é preciso matar um leão por dia e você pode matar com raiva ou com alegria".
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Marina também afirmou que a morte de Eduardo Campos (1965-2014) mudou o cenário eleitoral e que Marina Silva (PSB) fará todo mundo melhorar. "Eu mesma estava desinteressada em votar, não estava vendo nada que me representasse. Agora, com a entrada da Marina Silva, em quem eu não votei em 2010, a situação ficou mais interessante".
Na entrevista, ela também afirmou que o feminismo provocado por Beyoncé e Madonna ajuda no próprio feminismo. "Estimulam ser o que eu quero ser. Eu não sou tida como uma mulher comum, mas o fato de haver feminismo, que cada um reinventa de uma maneira, faz com que eu possa ser da minha maneira. Escolher o que admiro, as pessoas com quem quero trabalhar, vestir o que tenho vontade, dizer o que penso, tocar guitarra…".