Marina Sena lançou seu terceiro álbum solo, intitulado ‘Coisas Naturais’, em 31 de março de 2025, e sua nova proposta musical reflete uma rica colagem de influências latinas. O disco, que sucede os bem recebidos ‘De Primeira’ e ‘Vício Inerente’, apresenta um som que busca explorar além da eletrônica predominante. Embora a artista mineira tenha se consolidado como uma figura de destaque no cenário pop, ela não é conhecida por sua força vocal comparável a outras estrelas como Gloria Groove ou Iza.
O álbum abre com a música-título ‘Coisas Naturais’, que, ao lado de faixas como ‘Desmistificar’ e ‘Sensei’, tenta capturar a essência de emoções autênticas em meio à superficialidade da era digital. Marina promete um “Carnaval na sua vida tão sem sal”, refletindo uma crítica sutil à frivolidade das redes sociais.
Dentre as faixas, ‘Doçura’ destaca-se pela colaboração com a banda Çantamarta, que traz um toque latino ao disco e homenageia as suas raízes mineiras, enquanto ‘Tokitô’ soa como um hit potencial para o mercado bilíngue, unindo a artista com a cantora ítalo-brasileira Gaia e a rapper portuguesa Nenny.
A produção do álbum foi dirigida por Janluska, guitarrista de Marina, e gravada em um ambiente colaborativo que envolveu músicos da A Outra Banda da Lua. Apesar das boas intenções de conectar suas origens com a nova geração, ‘Coisas Naturais’ acaba por diluir a identidade artística de Marina, criando uma sensação de fragmentação e falta de espontaneidade. O álbum, embora interessante, deixa a impressão de que poderia ter sido mais autêntico e impactante, ressoando de maneira mais verdadeira com o público, especialmente com a comunidade LGBT que busca representatividade e profundidade nas letras e melodias.
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