Marissa Bode, a talent emergente do teatro, está prestes a brilhar na adaptação cinematográfica de Wicked, onde interpreta Nessarose, a irmã da icônica bruxa Elphaba. Em uma conversa reveladora, Bode compartilha o emocionante momento em que soube que havia conquistado o papel, um sonho que parecia distante até então. Após um período de incerteza, ela recebeu a notícia de que o diretor Jon M. Chu e as estrelas Ariana Grande e Cynthia Erivo a escolheram para o papel. Com um gesto carinhoso, elas a surpreenderam com um cartaz escrito ‘Bem-vinda a Oz, você será nossa Nessarose?’.
A importância de sua interpretação de Nessarose não se resume apenas ao talento; Bode é uma atriz com deficiência, e sua experiência traz uma nova perspectiva para o papel. Ela destaca como foi fundamental representar uma personagem que usa cadeira de rodas, algo que nunca havia sido feito na versão original da Broadway, onde nenhum dos intérpretes anteriores compartilhou dessa vivência. Isso a motiva a trazer suas experiências pessoais para a tela, ressaltando a necessidade de mais representatividade e inclusão no cinema.
Bode reflete sobre o impacto que o musical teve em sua vida, lembrando-se da primeira vez que viu uma personagem em uma cadeira de rodas em cena. “Quando eu tinha 11 anos, isso foi muito significativo para mim”, diz. Ela enfatiza que espera que sua atuação inspire jovens com deficiências, mostrando que a representação no entretenimento é crucial para a formação da autoestima.
Além de seu papel como Nessarose, Bode também aborda a complexidade das relações entre os personagens, especialmente entre Nessarose, Elphaba e Boq, interpretado por Ethan Slater. Ela acredita que a cena em que os estudantes saem para uma balada é um marco na história, refletindo a busca por pertencimento e aceitação, tanto para Nessarose quanto para Boq.
Para Bode, o sucesso de sua performance está ligado à química que formou com Erivo, que a ajuda a trazer à vida a dinâmica entre as irmãs. “Cynthia é uma pessoa naturalmente acolhedora, e isso facilitou nossa interação no set”, afirma.
Com o lançamento do filme programado para o próximo ano, a atriz sonha em expandir seus horizontes na indústria, desejando papéis onde a deficiência não seja o único foco da narrativa. “Eu gostaria de interpretar personagens que vivam experiências mais universais, além da deficiência”, conclui Bode, reforçando que a normalização da inclusão é um passo importante para a evolução do cinema. Ela acredita que, ao dar voz a diversas histórias, a comunidade LGBT e todas as minorias podem ser verdadeiramente representadas no mundo cinematográfico.