A Confederação Espanhola Colegas de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais denunciou a prisão de 25 homossexuais no Marrocos durante uma festa popular e religiosa em Mequinez, região próxima da cidade de Meknes.
A imprensa local noticiou as prisões citadas acima que ocorreram durante o Musem (festa religiosa) de Sidi Ali Bem Hamdouch, onde tradicionalmente homossexuais marroquinos se encontram para celebrar ritos religiosos. No ano passado foram preso 14 homossexuais na mesma festa.
O grupo Colegas emitiu nota dizendo estar muito preocupado por conta da "onda anti-homossexual" nas forças de segurança do Marrocos, que tem feito pressão contra a população gay. O caso se agravou após islamistas criarem um factóide social e midiático posterior à visita do grupo espanhol.
A situação fica ainda mais tensa por que os grupos islâmicos do Marrocos se aproveitam da questão homossexual para criar um mal estar na sociedade e dessa maneira fazem da perseguição aos gays a sua principal bandeira política. Para os ativistas o governo marroquino não pode ceder a chantagem islamita.
Para ajudar a libertar os LGBT em situação de cárcere o grupo Colegas inciará uma campanha internacional para que se revogue o artigo 489, que criminaliza os atos homossexuais. Eles esperam conseguir apoio do Parlamente Europeu nessa campanha.