No domingo [05/10] todos nós, ou quase todos, iremos às urnas escolher prefeito e vereador que, ficarão responsáveis pelo avanço ou retrocesso de nossa querida São Paulo. E, até onde me lembro nunca tinha visto uma disputa tão acirrada e tão – ainda bem – ideologizada entre conservadores e progressistas.
Então vamos ao elenco eleitoral paulistano:
Kassab: este surgiu no primeiro na prefeitura de Paulo Maluf, fez um está até 1996 e depois foi trabalhar como Secretário de Planejamento do governo Pitta. Entre as suas várias realizações estão às escolas de latas. Posteriormente se elegeria deputado estadual pelo antigo PFL (Partido da Frente Liberal) atualmente DEM[O] (Democratas). Em 2004 se tornaria o vice-prefeito na chapa de Serra [PSDB], dois anos depois se tornaria prefeito da cidade de São Paulo, pois José Serra seria eleito governador do Estado de São Paulo. Nada mudou, todo o secretariado de Kassab é tucano e são eles que o apóiam hoje,pois não querem perder o emprego. Nem o Cidade Limpa que ele tanto se orgulha é cria do mesmo, apenas mudaram o nome de um projeto da gestão anterior [Marta-PT], o "Belezura". Enfim, Kassab não possui um projeto político e nem partidário, é aquele personagem que surgiu na sombra de outros e se deu bem.
Marta: ganhou notoriedade nos anos 80 ao participar de um programa onde fala sobre sexo e sexualidade entre mulheres. Imagine em plena ditadura uma mulher falando sobre tal? Assim, ela ganhou notoriedade entre os quadros feministas do Brasil. Nos anos 90 foi eleita deputada federal pelo partido dos trabalhadores e fez história ao apresentar o projeto de lei que propunha a união civil entre casais homossexuais. Foi humilhada e vítima de machismo dos mais torpes na assembléia,porém, introduziu na pauta política brasileira a questão LGBT. Em 1998 sairia candidata ao governo do estado de São Paulo, por uma diferença de menos de 1% perderia a vaga para Mario Covas. Em 2000 foi eleita prefeita da cidade de São Paulo, na questão LGBT não avançou muito, porém, em outras áreas fez muito. Leve-se em consideração que ela pegou uma cidade pós-Pitta e pós- Maluf.
Alckmin: começou a sua carreira política como prefeito de Pindamonhangaba aos 24 anos. Anos depois, já formado em medicina, foi vice- governador nas duas gestões de Mario Covas, na metade da segunda assumiu como governador, por conta do falecimento de Covas. Alckmin sempre diz que não está ligado ao Opus Dei, pode até ser verdade, mas outro fato é que, o seu avô José Maria Alckmin fundou em Marília o primeiro grupo do Opus Dei brasileiro. Relações estreitas, não? A diferença de Alckmin para Kassab é que, Geraldo no mínimo tem um projeto político e partidário, conservador e de direita, mas tem.
Desses três dois irão ao segundo turno e, ao que tudo indica Marta X Kassab. O que podemos notar é que as idéias progressistas estão em minoria, pois DEM e PSDB são idênticos: direita, capital e repressão. Do outro lado, o PT, esquerda, coletivo e estado. Cabe a nós agora decidir o que queremos: uma cidade maquiada ou transgressora?
