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Marta Suplicy fala ao Dykerama

Na 13ª Parada do Orgulho LGBT, o Dykerama entrevistou Xande, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, e a ex-ministra do Turismo do governo Lula e reconhecida defensora dos direitos dos LGBT, Marta Suplicy.

Desfilando em cima do trio do Ministério do Turismo, apesar de muito assediada, Marta Suplicy dançava e acenava para o público, que já lotava a rua da Consolação. Confira a entrevista:

Dykerama: Muita gente hoje critica a Parada, dizendo que perdeu seu sentido e não colabora mais para a causa LBGT. Qual sua opinião?
Marta: Sempre ajuda, é mais positiva, sempre, porque é uma manifestação bonita, sem violência, com famílias… É sempre muito positivo.

Dykerama: Ontem aconteceu a Caminhada Lésbica de São Paulo. Qual é sua opinião sobre esse movimento?
Marta: É importante, pois nós estamos estagnados. Já faz mais de 10 anos que o projeto (Projeto de Lei nº 1.151/95, pela legalização de uniões homossexuais) está para ser votado, barrado pela bancada conservadora do Congresso. Tem muita manifestação e mudanças na sociedade, nas famílias, mas cidadania que é bom, nada. E pior é a situação das mulheres lésbicas, que sofrem duplo preconceito.

Xande (Alexandre Santos) estava no carro oficial do evento. Também muito assediado pela imprensa em geral, reservou um tempinho para conversar com o Dykerama:

Dykerama: Xande, como está a Parada até agora? Tudo correndo conforme planejado?
Xande: Sim, aliás, está melhor do que esperávamos. Estou observando, e vejo muitas famílias presentes, que vêm abraçar a causa.

Dykerama: Existe alguma expectativa de público? Já alguma estimativa?
Xande: Eu não tenho nenhuma expectativa. Minha expectativa é que diminua o preconceito, que diminua a homofobia. Meu desejo é que esta parada seja a menor em preconceito, a menor em discriminação.

Dykerama: Ontem ocorreu a Caminhada Lésbica e hoje, a Parada. Você concorda com esta separação?
Xande: Acredito que elas têm razão em realizar uma caminhada, pois além de serem mulheres, que já sofrem vários preconceitos na nossa sociedade, são lésbicas, ou seja, sofrem muito mais. A Caminhada tem o total apoio da Associação da Parada.

Até o final da noite de domingo (14) a estimativa extra-oficial era de que 3,5 milhões de pessoas participaram do evento.

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