Karla Sofía Gascón, a primeira atriz transexual indicada ao Oscar de melhor atriz, está enfrentando uma onda de críticas severas após a divulgação de mensagens ofensivas que publicou nas redes sociais entre 2020 e 2022. As mensagens, que vieram à tona por meio da jornalista Sarah Hagi, revelam comentários considerados xenofóbicos e racistas, provocando indignação entre os internautas e ativistas dos direitos humanos. Em um dos posts, Gascón expressou sua preocupação com a presença de muçulmanos na Espanha, sugerindo que as escolas deveriam ensinar árabe em vez de inglês. Além disso, comentou de forma desdenhosa sobre George Floyd, chamando-o de ‘vigarista viciado em drogas’, o que gerou revolta entre aqueles que lutam contra o racismo.
A atriz, que atualmente estrela o filme “Emilia Pérez”, tem sido criticada por hipocrisia, já que o longa é promovido como um manifesto de inclusão e aceitação das minorias. Contraditoriamente, Gascón frequentemente rotula seus críticos como ‘transfóbicos’, enquanto suas próprias palavras contradizem os princípios de igualdade que ela deveria representar. A situação complicou-se ainda mais após uma entrevista à Folha de S.Paulo, onde Gascón acusou, sem evidências, a equipe de Fernanda Torres de ser responsável pelos ataques que ela vem recebendo.
Com a repercussão negativa, muitos brasileiros começaram a solicitar que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos avaliasse se Gascón deveria ser punida ou até mesmo perder sua indicação ao Oscar. No entanto, uma fonte da revista Rolling Stone informou que a Academia analisou o caso e não encontrou infrações. O caso de Karla Sofía Gascón levanta questões importantes sobre responsabilidade social e a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre as atitudes de figuras públicas, especialmente aquelas que representam a luta por igualdade e inclusão na sociedade.
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