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“Mercado editorial gay é adolescente”, afirma Tino Monetti, novo editor da revista DOM

Em outubro chega às bancas mais uma edição – agora mensal – da revista DOM. Com menos de um ano de lançada, a publicação passa por grandes mudanças e escolhe o mês do equilíbrio para levar ao mercado a sua edição com novo editor, Tino Monetti, e com Augusto Lins Soares no comando da Redação.

Depois de algumas semanas esperando e e-mails cobrando, Tino, que já passou pelo Mix Brasil, Revista Junior e também pela Folha Online, respondeu algumas perguntas do site A Capa sobre a nova fase da revista DOM e dispara: "Acho que o mercado editorial gay brasileiro está estabelecido, porém adolescente".

Conta um pouco da sua experiência na Folha Online. Sente que o público perde com o fim de Destaques GLS?
Trabalhar na Folha foi uma experiência muito rica, em todos os sentidos. Aprendi muito sobre edição e padronização de textos. Sobre enfrentar medos, focar na notícia e excluir os excessos e estar sempre pronto para tudo. Trabalhar com hard news pode te deixar um pouco (ou bastante!) estressado, mas ajuda demais a manter o foco, ser corajoso, determinado… Fora as pessoas incríveis que conheci por lá (Feltrin, Lígia, Miguel, Ripardo, Marina, Márcio Vermelho e muitas e muitas outras).

Sobre o fim de "Destaques GLS", acho que foi algo normal com a saída do (Sérgio) Ripardo. A coluna era dele, ele a iniciou e a assinava sempre. Era até injusto dar a outra pessoa. Mas os leitores podem ficar tranqüilos, pois existem planos concretos que darão seqüência a um espaço gay (ou LGBT) no site. Vale esperar para ver.

Agora que está na DOM, o que pretende fazer? Alguma mudança em vista?
Pretendo fazer muitas coisas… Trazer novas propostas, entrevistas bacanas, assuntos frescos da cultura gay hoje e muita qualidade de textos e fotos aos leitores da revista, que tem um percurso incrível e está em um lugar privilegiado na mídia hoje.

Como você avalia as demais publicações como Junior, Aimé e o próprio A Capa?
Vejo que cada uma delas segue seu caminho próprio, apesar do tema gay que as permeia. É extremamente importante que existam cada vez mais revistas para que o mercado evolua e a diversidade também.

Está levando mais alguém para Redação da DOM? Como surgiu o convite?
Quero levar muitas pessoas para a "DOM", mas no sentido de agregar personalidades. Quero trazer novos colaboradores, novos nomes, de diversas áreas, para ajudar ainda mais a enriquecer e diversificar as visões múltiplas da revista. O convite surgiu pelo Valmir Junior, o VJ, ex-editor. Conheci o Augusto (Lins Soares, diretor de redação) e a Tatá (Taís Lambert, editora-chefe) e foi amor à 1ª vista. Nos encaixamos perfeitamente!

O que pretende agregar a DOM?
Coisas boas, sempre. Pautas, idéias, reportagens, entrevistas, etc…

Acredita que o mercado editorial gay finalmente está estabelecido?
Acho que o mercado editorial gay brasileiro está estabelecido, porém adolescente. Daqui a alguns anos, com novos títulos, novas propostas e empreitadas e a evolução das publicações existentes, ele estará finalmente maduro.

A estrutura mudou? Quem mais saiu e entrou? Qual seu cargo atual na revista?
A estrutura continua a mesma, apenas eu entrei no lugar do VJ como editor e o Augusto Lins Soares, criador do projeto da "Dom", assumiu o posto de diretor de redação, antes ocupado por Jorge Tarquini.

Quem gostaria que estampasse sua primeira capa? Quando vai sair sua primeira edição?
Primeira capa? Eu gostaria que fosse o ator norte-americano Matthew Fox (o Jack Sheppard de "Lost"); ele é incrível, um super ator e sexy até dizer chega! A primeira edição com textos meus será a de outubro, a oitava "DOM".

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