Apesar de proibida pelo governo, os organizadores da Marcha Gay de Moscou anunciaram que irão exigir os seus direitos pelas ruas da cidade. Na verdade, são dez marchas espalhas pelos bairros de Moscou. O governo ameaça forte repressão policial.
Em comunicado oficial, Nikolai Alexyev, presidente da organização da parada, afirmou que "o desfile gay terá sim o seu lugar em maio, digam o que quiserem as autoridades. Este direito está reservado na Constituição e nós o iremos exercer".
A guerra está longe de acabar na Rússia. Os organizadores moscovita estão recorrendo nos tribunais contra a proibição oficial de poderem celebrar o orgulho GLBT nos dias 1 e 2 de maio. Eles alegam também que a igreja ortodoxa faz pressão em cima do governo e dos tribunais para que não permitam o acontecimento do desfile. "Ganharemos essa batalha legal. É apenas uma questão de tempo. A proibição de nossas marchas é ilegal", disse Alexéyev.
O dirigente do movimento ainda diz que levará "o assunto para o Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo. Mostraremos que os homossexuais na Rússia são proibidos de se expressarem publicamente sua opinião". Porém, o porta voz do governo volta a afirmar que se a marcha gay acontecer eles atuarão de forma contundente.
O silêncio chega à Rússia
Proibidos de se manifestarem pacificamente, a população gay e lésbica de São Petersburgo farão no dia 3 de maio o “Dia Di silêncio”. O objetivo é chamar atenção das pessoas a respeito dos casos de discriminação, violência física e moral, assim como os crimes decorrentes da homofobia. O dia do silêncio é feito no Estados Unidos desde 1996 e na Europa desde 2007, mas nunca na Rússia.