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Michael Jackson, personagem de si mesmo

A biografia de Michael Jackson é provavelmente a mais singular já emergida na história da música pop. O astro não teve uma infância real, desde os sete anos foi ícone. Quando entrou no Jackson 5 roubou a cena. Enfim, o mito.

E assim ele caminhou com pernas próprias. Fez do seu disco "Thriller" o mais vendido na história da música com 55 milhões de cópias de vinil vendidas, e nem existia MP3 naquela epoca ou coisa do tipo. Virou astro. As gentes da televisão, do rádio e de outros meios o acompanhavam ensandecidas. Naquela época não havia competição, era Michael e o resto dos artistas.

Assim, ele foi condecorado, pelos fãs e pela mídia, o Rei da música pop e Michael vestiu esse personagem. Tenho a impressão de que, em determinada fase, principalmente da metade dos anos 80 para os 90, ele deixou de ser real e passou a se enxergar como imagem. Construiu N Michael, casamentos, fez o homem da lua. Criou um personagem de si mesmo.

Infantil, sempre infantil. Tenho uma certa teoria sobre ele, a de que Michael Jackson nunca deixou de ser aquele menino dos Jackson 5. Nunca aceitou ter crescido, adquirido espinhas, envelhecimento e problemas de saúde. Isso também explica a sua fixação com crianças. Nunca acreditei que ele fosse pedófilo.

O fetiche dele com crianças era de admiração pela inocência infantil que ele nunca teve. Cresceu embaixo de holofotes e autógrafos, nunca conseguiu ser realmente de verdade. E partiu da mesma maneira, como um personagem criado em algum disco por ele. De supetão. Muita gente ainda se pergunta, "nossa, ele morreu mesmo?".

Até na hora de sua morte, Michael Jackson coloca o real em dúvida. Talvez, a morte tenha sido o fator mais palpável na biografia do astro.

Aqui você confere o vídeo de "Billie Jean" e aqui de "Beat’ it", clássicos da música pop e do astro.

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