Discreto, Miguel Falabella não é o que se considera um gay que ‘levanta a bandeira da causa’. Entretanto, nem toda a discrição o deixou imune aos preconceitos e estereótipos atribuídos aos homossexuais na década de 1980, à época do início da epidemia de AIDS. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o artista relembrou os boatos noticiados pela extinta revista “Amiga” de que ele seria portador do vírus HIV nos final dos anos 80. “As pessoas me mataram de AIDS. Eu entrei em uma loja uma vez e a loja ficou vazia, todo mundo saiu”, disse. “Na época isso pra mim foi horrível, imagina a minha avó, a minha família, os amigos que se preocupavam. A minha vida ficou um inferno, eu fiquei um mês trancado dentro de casa”, continuou. Falabella chegou a realizar um teste para comprovar sua sorologia negativa para o vírus da imunodeficiência humana.